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Empreendedoras representam artesanato de Canaã dos Carajás na FAC

Minério do município se transforma em joias artesanais nas mãos da artesã Claudene Brito
Por Ana Tereza Leal
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Quem pensa que o Círio de Nossa Senhora de Nazaré é forte somente em Belém, se enganou. Em Canaã dos Carajás, localizado no Sudeste do Pará, a força do maior evento católico do país é materializada também no artesanato pelas mãos de um grupo e mulheres empreendedoras, que integram a Associação de Artesãs e Artesãos Solidários de Canaã dos Carajás.

Uma parte desse trabalho pode ser visto na Feira de Artesanato do Círio 2025 (FAC), que segue até esta quarta-feira, das 10h00 às 22h00, no Parque Urbano Belém Porto Futuro. A empreendedora Claudene Brito, 39, dona da marca Eco Canaã, é integrante do grupo e está participando da FAC deste ano. Ela atua no segmento da economia criativa desde 2018, quando começou a confeccionar biojoias com sementes de açaí em sua cor natural ou tingidas e artigos religiosos, como terços, chaveiros e mantos.

“A gente trabalha também com a parte do minério lapidado e polido, que é a coleção riquezas”, revela Claudene, que utiliza como matéria-prima para a produção de suas peças a calcopirita, que é um aglomerado de cobre e ferro doado por mineradoras da cidade para a Associação. “Aí, é feita uma lapidação e polimento com pó de diamantado”, detalha. E o trabalho é minucioso. Para fazer os pingentes, que foi a peça comercializada na FAC, a lapidação leva, em média, uma semana mais ou menos.

Além de suas próprias criações, Claudene também trouxe para a FAC peças de parceiras da associação. “São os bordados à mão livre que elas já fazem para comercializar também, que a gente tem o Círio (de Nazaré) lá”, diz.

As peças já foram vendidas para turistas vindos de países como Itália, Japão, Equador e para a Argentina.

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