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Crédito: Carlos Borges
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Na Associação Educativa Rural e Artesanal da Vila de Joanes (AERAJ), localizada em Salvaterra, na Ilha do Marajó (PA), é produzido um artesanato sustentável com recursos provenientes da natureza. Essa matéria-prima é transformada em uma grande variedade de peças, como cuias, peixes feitos da casca de coco, moringas, miniaturas de búfalos, camisas, óleos e barquinhos. As peças são vendidas na sede da cooperativa, que tem 58 associados e 25 artesãs.
No local, as peças estão em exposição para apreciação dos clientes, principalmente turistas, tanto do Brasil, de estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, como de países como Portugal, Alemanha e Colômbia. O espaço, que funciona todos os dias, também conta com uma oficina de produção.
“O foco principal é o artesanato. A gente prioriza muito a iconografia marajoara”, explica a artesã Elizabeth Sousa, uma das integrantes da Associação, composta, na maioria, por mulheres.
A empreendedora ressalta as características singulares das peças, que valorizam a cultura marajoara e afirma que o empreendimento fortalece a economia local e ajuda no sustento das famílias da localidade.

Crédito: Carlos Borges

Produção Variada

A produção local oferece uma ampla variedade de peças. As cuias são feitas a partir de árvores cuieiras, seja do próprio quintal da associação ou de outros produtores, e podem ser utilizadas como enfeites de parede, porta-toalhas ou porta-guardanapos, além de servirem, também, para decorar as varandas das residências. Há também peças feitas a partir da carcaça de peixes, como, por exemplo, a cabeça do bagre.
Além disso, a Associação disponibiliza outros itens como moringas e barquinhos, com velas feitas de fibra de coqueiro, além de miniaturas de búfalos com policiais montados. Também estão disponíveis camisas bordadas ou produzidas por meio de serigrafas, e óleos de coco, andiroba, pracaxi e copaíba.

ASN Pará - Agência Sebrae de Notícias Crédito: Carlos Borges
ASN Pará - Agência Sebrae de Notícias Crédito: Carlos Borges

História

A AERAJ começou em 2001, com o nome de Instituto Educacional do Desenvolvimento da Vila de Joanes (IEDEJO), e já atinge três gerações familiares. Tudo iniciou com uma história de cooperação entre mulheres, por meio de Oliva, uma então residente de Salvaterra, nascida na Bélgica, que era dona de uma pousada na região e criou a Associação para incentivar a prática do bordado para as mulheres da Vila, que se dedicavam mais às atividades do lar.
Oliva foi até o município de Cachoeira do Arari, também no arquipélago do Marajó, atrás de conteúdo para auxiliar na formação das mulheres, quando conheceu um livro sobre a técnica de bordado chamada de ponto-cruz, inspirada na cerâmica marajoara, escrito pelo Padre Giovanni Galo. Ela comprou alguns exemplares, reuniu as mulheres da associação e passou a ensiná-las.
De acordo com Elisabeth, o aprendizado das artesãs deu tão certo, que elas ficaram conhecidas como “as mulheres bordadeiras da Vila de Joanes”. Após cinco anos de atividades, em 2006 veio a formalização do negócio, agora, por meio de outra belga, amiga de Dona Oliva. “Ela patrocinou toda a legalização. Pagou advogado, pagou cartório”, explica.
O cooperativismo está na veia da AERAJ, como o acolhimento de todos aqueles que desejam produzir artesanato sustentável. “Quando a Associação foi criada, foi para atendimento das mulheres dos pescadores da Vila de Joanes. Depois, os pescadores que iam se aposentando pediam para vir para cá, então, a gente acolheu todo mundo: os pescadores, as pescadoras, os filhos de pescadores, e quem quisesse, mesmo que não fosse pescador”, pontua.

Relacionamento com o Sebrae

Crédito: Carlos Borges

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A relação com o Sebrae no Pará nasceu ainda no primeiro ano da Associação, por meio de mentorias para aprimorar as artesãs, com oficinas que possibilitaram conhecimento e melhorias ao negócio. Já são 22 anos de relacionamento desde a formação da Associação. A parceria Sebrae e AERAJ tornou possível a participação da Associação em edições na Feira de Artesanato do Círio (FAC). “Temos uma parceria muito boa com o Sebrae. De vez em quando estamos em Belém, convidados para feiras, como a FAC, o que nos trouxe conhecimento, troca de informações, boas vendas e muitas encomendas”, conta Elisabeth, que ainda pontuou que o Sebrae no Pará incentiva o turismo de negócios na região, o que beneficia a associação.

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