O projeto de estruturação e promoção da Rota Combu, localizada na região insular de Belém-PA, continua avançando. Após a reunião para definir aspectos promocionais do destino turístico, como a identidade visual e conceito da rota, realizada em maio, uma nova etapa foi concluída em junho: o diagnóstico realizado a partir da escuta dos empreendedores.
A próxima etapa será a de governança, na qual serão tomadas decisões como o papel de cada integrante, quem pode participar e formas de comercialização dos pacotes turísticos. Além dos empreendedores locais, a iniciativa envolve também equipes do Sebrae Nacional e do Sebrae no Pará, a consultoria Raízes e a Green Destinations.
“O Sebrae Pará já vem atuando no Combu há bastante tempo, com diversos projetos e capacitações. Porém, a estruturação de uma rota facilita a vida do turista, porque ele terá seu roteiro organizado, sabendo onde vai pegar o transporte, onde vai almoçar, se hospedar. Isso aumenta o interesse dos visitantes e, assim, fortalece os negócios locais”, explica o gestor de turismo do Sebrae no Pará, Péricles Carvalho.

O projeto visa fortalecer a Ilha do Combu como destino turístico sustentável, empoderando os empreendedores locais para a recepção de turistas locais, nacionais e estrangeiros antes, durante e depois da COP 30.
Participam do projeto 14 empreendimentos com atuação no Combu, ligados aos quatro eixos prioritários da COP 30: Alimentos e Bebidas, Mobilidade, Hospitalidade e Economia Criativa.
Um desses empreendedores é o Boaventura Carneiro Jr, mais conhecido como Boá. Ele atua no segmento da gastronomia, mas já atuou em hospedagem. Agora, pretende voltar a investir em hospedaria e as instalações já estão quase prontas. “É muito importante para a construção de um roteiro a participação das pessoas que têm vivência aqui na Ilha, como nós temos, para que possamos construir um projeto como esse”, diz o empreendedor.

“Essa rota mostra uma Amazônia viva, próxima a Belém, que as pessoas podem conhecer, mas não só de um mergulho na natureza em si, mas com um mergulho na vida das pessoas. Essa rota traz um valor muito forte de uma Amazônia humanizada para que as pessoas possam ver e respeitar”, resume a diretora de projetos da Raízes Desenvolvimento Sustentável, parceira executiva do Sebrae, Jussara Rocha.
O projeto de estruturação envolve várias etapas, tais como visitas técnicas para a preparação do diagnóstico socioeconômico, encontros de trabalho para definição de modelo de governança e de estratégia de marketing, bem como a fase de certificação.
“O Rota Combu é mais um projeto de preparação dos empreendedores que atuam na Ilha para a COP 30, mas não só isso. É mais um projeto do legado COP, em que plantamos sementes que darão muitos frutos, com resultados perenes, que já estão sendo vistos por todos, seja na melhoria da infraestrutura da cidade, seja na capacitação de quem empreende ou na divulgação de nosso estado e de toda a Amazônia, seja nacional ou mundialmente. Com isso, o Pará inteiro ganha, em especial os pequenos negócios, que são responsáveis por quase 90% dos empregos gerados no Pará”, revela o diretor-superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno. “Por isso, essa COP não é a COP só de Belém, não é a COP só do Pará, e sim a COP da Amazônia, a COP do Brasil”, complementa.