Como forma de fortalecer a presença dos empreendimentos turísticos da Ilha do Combu – na Região Metropolitana de Belém – no ambiente digital, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas (Sebrae) promoveram a primeira ação do Projeto de Boas Práticas de Comercialização em Belém: um workshop destinado aos pequenos negócios que integram a Rota do Chocolate da Ilha. O evento foi realizado no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), no dia 31 de outubro.
O projeto, criado pela Embratur, oferece workshops e conteúdos sobre boas práticas para melhorar a competitividade dos produtos e serviços desses negócios, com dicas para uso de ferramentas digitais, visando facilitar a busca por informações e, assim, melhor recepcionar visitantes de outros países.
“A gente está fazendo isso para tentar digitalizar e colocar mais na vitrine os pequenos empreendimentos e as experiências que oferecem, para que eles atinjam cada vez mais, principalmente, o mercado internacional, e também que consigam se promover de uma forma melhor”, justifica Carina Câmara, coordenadora de Articulação do Trade Nacional da Embratur.
O projeto de Boas Práticas está sendo realizado nas outras macrorregiões do Brasil. Já passou por Rio de Janeiro, Mato Grosso, Maranhão e vai passar por Santa Catarina e Paraná. No Pará, a Rota do Chocolate foi um dos roteiros turísticos brasileiros escolhidos, entre quase 60 que se inscreveram para ter acesso a essa consultoria.
“Não é apenas uma capacitação para os empresários, é uma análise do que eles têm hoje, em termos de plataforma digital, redes sociais, e como eles devem se posicionar nessas mesmas plataformas, para fazer com que a experiência do turista que inicia sua compra pela pesquisa na internet seja melhor e seja mais favorável para eles”, complementa Péricles Carvalho, gestor de turismo do Sebrae no Pará.
Uma das participantes foi a empreendedora Edilene Araújo, da Kayré Experiência, que atua como agente multiplicadora junto a seus colaboradores e fornecedores. “Esse tipo de capacitação é algo super relevante porque não é só um momento de aprendizado. É também um momento de network enorme. Então, esse tipo de capacitação agrega demais para o nosso negócio, para o setor do turismo. Afinal, quanto mais capacitado, melhor você desenvolve um trabalho e isso reflete também em todo o entorno”.
A Ilha do Combu fica a cerca de 15 minutos de barco de Belém e é um dos principais refúgios naturais próximos à capital o local, o que atrai mais visitantes a cada ano. Até o ano de 2000, eram apenas três estabelecimentos. Entre 2010 e 2020, ocorreu um aumento de 866,66%, totalizando 32 estabelecimentos. Em 2023, foram registrados 60 empreendimentos na Ilha, de acordo com o Boletim de Inteligência de Mercado 2023, produzido pelo Sebrae no Pará.
Com a realização da 30ª Conferência das Partes (COP 30), da Organização das Nações Unidas ONU), marcada para novembro de 2025, em Belém, a expectativa é que o número de visitantes aumente ainda mais.
“Eu acho que nós vamos receber muita gente nesse período, não só brasileiros, mas pessoas de vários países e a gente tem que estar pronto para a COP, o pós-COP e também para a vida, porque essas capacitações que estamos fazendo não são só para COP, e sim para a vida”, conclui Izete dos Santos Costa, mais conhecida como Dona Nena, que também participou da capacitação.