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Com fibra de miriti, artesãos produzem ecobags e blocos de anotações

Produtos estão entre as peças em exposição para comercialização na Feira de Artesanato do Círio 2025, que segue até amanhã, em Belém
Por Da Redação
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Você sabia que a fibra de miriti pode servir de matéria-prima para produção de ecobags e bloquinhos de papel? Esses são apenas alguns itens que o público da Feira de Artesanato do Círio 2024 (FAC) pode encontrar no estande da marca paraense Fibras da Amazônia, no estacionamento do Parque Porto Futuro, em Belém, até a próxima quarta-feira (16).

De acordo com Elivane Rabelo, a matéria-prima para confecção das peças vem de Abaetetuba, nordeste paraense. São rejeitos de miriti que seriam descartados pelos artesãos do município, mas que são reaproveitados por ela e o companheiro, Mestre Hilson, e que viram fibras de miriti.

“Todo processo é artesanal e feito em casa mesmo. Nós pegamos esse rejeito que seria jogado fora e conseguimos produzir a fibra do miriti, então a gente consegue fazer a biomassa e depois transforma em papel ou produz as sacolas ecológicas. Lembrando que a partir da fibra também poderemos pensar em outros itens”, conta a artesã.

Empresa familiar apoiada na sustentabilidade, a marca trabalha principalmente nos eixos social e ambiental para produzir as peças no ateliê que fica no bairro da Pratinha I, em Belém. “Nas ecobags , nossa ideia foi colocar frases e poemas que lembram nossa cidade e região, então trabalhamos muito na divulgação da nossa cultura, mostrando traços marajoaras, tapajônicos e até pinturas rupestres”, completa.

Atuando há 20 anos como artesã, Elivane ressalta que o Fibras da Amazônia está vinculado ao projeto de pesquisa do mesmo nome, desenvolvido pelo Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT/Guamá), que a auxilia na pesquisa para produção de novos bioprodutos. “Hoje, estamos inseridos dentro desse processo, que nos ajuda bastante a pensar na produção. Além disso, também aceitamos encomendas para produção dos blocos e ecobags, se for caso”, disse ela.

Conhecida também como buriti, buri, carandaí-guaçu ou muriti, o miriti é chamado por algumas comunidades indígenas tradicionais de “árvore da vida”, e é muito comum na região amazônica, especialmente no município de Abaetetuba, nordeste paraense, que possui tradição na produção deste tipo de artesanato.

Variedades do artesanato de miriti podem ser conhecidas essa quarta-feira (16), dentro da FAC, das 10h às 22h, no estacionamento do Parque Urbano Porto Futuro, em Belém.

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