Com a proposta de debater a relação do turismo com as questões climáticas, na tarde do último sábado (08) a programação da Casa Brasil trouxe o painel “Turismo e Clima: caminhos sustentáveis na Amazônia”, com a participação de Mariana Madureira, da Bio Terra, Péricles Carvalho, do Sebrae no Pará, e Gerson Teles, empreendedor do segmento de turismo na ilha do Combu. A conversa foi mediada pela jornalista Juliana Rose, que integra a equipe técnica do Sebrae/PA.
“Os pequenos negócios são os que menos contribuem de forma negativa para a crise climática, mas são os um dos mais impactados com o problema global”, disse Mariana Madureira. Ela destacou que os empreendedores que têm negócios menores, de base familiar, com experiência de turismo comunitário, enfrentam desafios para tocar as atividades.
Gerson Teles também dessa mesma ideia. “Quando os rios baixam o nível, nem sempre todo mundo percebe, mas a gente, que vive na comunidade, sim. Isso já são efeitos da crise climática”, comentou ele, que está à frente do Ygara, um projeto de família que cultiva saberes, sabores e tradições da Amazônia. O pequeno negócio oferece experiências como a vivência do açaí, o banho de cheiro e trilhas pela mata, tendo organizado a iniciativa com o apoio do Sebrae.
“A intenção, aqui, não é falar de números, estudos, mas apresentar exemplo prático como é possível empreender no segmento de turismo de forma sustentável, mas também debater os impactos do clima nessa atividade”, destacou o gestor do programa Sebrae Pelo Turismo, Péricles Carvalho, um dos painelistas. Segundo Péricles, é preciso equilibrar atividade econômica com os cuidados necessários com as questões climáticas.
Também na pauta do painel, iniciativas do turismo de base comunitária como alternativa para as comunidades ribeirinhas e outras populações, que podem empreender em seu local de origem, com o apoio do Sebrae/PA e outras iniciativas.

O painel “O Clima: caminhos sustentáveis na Amazônia”, foi um dos três debates realizados no auditório da Casa Brasil, sendo os demais: “Territórios vivos – sociobioeconomia e direitos dos povos” e “Festival coletivo – cultura que sustenta, arte, economia e território”, também realizados no mesmo espaço.
A programação foi encerrada com a atração musical Jabuti. A Casa Brasil Belém 2025 foi idealizada pela MChecon e sua produção é assinada pela GAEL. É apresentada pelo Sebrae, com patrocínio da Vibra, Hydro e GM. A Casa tem também apoio institucional da Prefeitura de Belém do Pará, iFood, EAF, KPMG, Novelis e Sesc Pará.

