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Foi lançado na tarde desta quinta-feira (13), em Belém, o Selo Sebrae ESG (sigla em inglês para Ambiental, Sustentabilidade e Governança), durante o I Encontro de Dirigentes 2025 do Sistema Sebrae, realizado no Grand Mercure Hotel, na capital paraense. Participaram do painel de apresentação a representante do Comitê ESG Sebrae, Ana Aciole, e representantes parceiras no projeto, como Marcela Bocayuva, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e Jaqueline Souza, diretora executiva da Biud Tech.
O Projeto Crescimento Sustentável tem como objetivo capacitar negócios para que sejam mais fortes, competitivos e sustentáveis, além de fortalecer a cultura ESG no Brasil. Dentro dessa iniciativa, foi criado o Selo ESG, em parceria com a ABNT. A iniciativa pioneira pretende preparar 10 mil micro e pequenas empresas – incluindo microempreendedores individuais (MEI) – para a obtenção do selo ESG, mobilizando os pequenos negócios como exemplo de boas práticas para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30).
“A sustentabilidade empresarial não é mais um diferencial, hoje ela é essencial. No cenário atual, empresas que adotam boas práticas ambientais, sociais e de governança se tornam mais atraentes, tanto para investidores nacionais quanto internacionais, estando mais preparadas para o futuro”, destacou Ana Aciole, representante do Comitê ESG do Sebrae Nacional.
“Todas as empresas que obtiverem o Selo ESG terão diferenciais competitivos para compras públicas, pois as certificações da ABNT garantem critério de desempate em licitações. Temos certeza de que, com este projeto, vamos fomentar o empreendedorismo”, explicou Marcela Bocayuva, representante da ABNT. Desde 2022, quando começaram as tratativas do projeto, mais de 120 representantes de diversos setores participaram da criação da primeira norma ESG do mundo (ABNT PR 2030).
A diretora executiva da Biud Tech, Jaqueline Souza, destacou a importância da parceria com o Sebrae e a ABNT para apoiar os pequenos negócios. “Foi muito falado: a COP 30 vem aí, e chegou a vez do Sebrae ser o grande impulsionador do ESG nos pequenos negócios. A COP 30 representa um início ainda mais transformador, e queremos integrar esse projeto ao Sebrae para ampliar seu impacto”, afirmou.
O Projeto Crescimento Sustentável está estruturado em três pilares: Apoio Consultivo de Perto, que coletará dados sobre o desempenho das Micro e Pequenas Empresas (MPE) e oferecerá soluções para os pequenos negócios; Crescimento Sustentável, com foco na adoção das melhores práticas ambientais e de governança; Marketing e Vendas, para desenvolver estratégias voltadas ao aumento da comercialização de produtos e serviços, com tecnologia de ponta e suporte especializado.
Desafio para os pequenos negócios
O grande desafio para os pequenos negócios será a obtenção do Selo ESG. Por meio de um diagnóstico de maturidade, a ideia é reconhecer as micro e pequenas empresas, auxiliá-las nessa jornada e oferecer incentivos e apoio consultivo do Sebrae.
“Queremos desmistificar o ESG para que os pequenos negócios se sintam parte dessa transformação. Não é algo exclusivo para grandes empresas. Adotar práticas ESG no dia a dia pode torná-los mais competitivos e reconhecidos no mercado”, ressaltou Jaqueline Souza.
Para facilitar a adesão, será lançada uma plataforma que orientará os empreendedores na comprovação de atividades alinhadas às práticas ESG. Essas atividades serão definidas com base nas especificações da norma técnica da ABNT. A expectativa é que a plataforma esteja no ar no dia 15 de maio.
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*Com informações do Sebrae Nacional.