Destacar as formas de proteger cacaueiros de praga e agregar valor aos produtos derivados do cacau. Esse foi o objetivo do Curso de Bioeconomia do Cacau, que foi finalizado final de janeiro em Altamira, sudoeste paraense, na fábrica de chocolate da empresa Abelha Cacau. A ação foi promovida pelo Projeto Sustenta e Inova, por meio da parceria do Sebrae no Pará com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). As capacitações foram ministradas pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e pela Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará).
A programação contou com palestras sobre biossegurança e legalização das fábricas de chocolate do Estado, além de aulas práticas onde os produtores rurais aprenderam receitas que levam composição de produtos derivados do cacau. Atividade essencial da região Xingu, o plantio do cacau tem o Pará como o segundo maior produtor do país. A iniciativa promovida pelo Sebrae teve uma programação que contemplou a diversidade de produtos que podem ser feitos por meio do cacau, além de alertar sobre os riscos da Monilíase, doença que afeta o fruto. Os produtores de cacau também aprenderam técnicas para prevenir propriedades rurais de pragas e doenças do cacaueiro por meio da capacitação em Biossegurança.
A analista do Sebrae no Pará e gestora do Sustenta e Inova, Márcia Carneiro, falou sobre a iniciativa e apontou a relevância do tema para os empreendedores rurais. “O curso de bioeconomia é uma ação para agregar valor aos produtos, a biossegurança é um alerta aos produtores rurais e uma prevenção para receber turistas sem causar danos às propriedades. Esperamos que os empreendimentos acompanhados pelo Projeto possam inovar em seus produtos, gerando sustentabilidade, ambiental , social e financeira”, ressaltou.
“Estamos aqui para falar sobre uma praga do cacau que se aproxima da nossa região. É importante repassar para os produtores, para que tenham o mínimo de conhecimento. Essas estratégias irão ajuda-los para que não sejam pegos de surpresa, se um dia chegar à região. A Adepará tem um trabalho de monitoramento dessa praga desde 2014”, completou o Engenheiro Agrônomo da Adepará de Altamira, Pedro Paulo Araújo.
A empresária Valdete Prado, do município de Senador José Porfírio, participou dos três dias de capacitação. “O que mais gostei foi de saber que podemos diversificar os produtos que temos na roça, isso é um avanço para quem mexe com o cacau. Também aprendi sobre a doença da Monílise, o que ocorreu essa semana foi uma lição para quem vive da agricultura”, afirmou ela.
O Agente de Atividades Agropecuárias da CEPLAC / SDT de Anapu, José Janilson do Socorro, destacou a importância da capacitação aos agricultores locais. “A Ceplac está aqui nessa parceria, participando de um treinamento ligado à bioeconomia do cacau, voltado para agricultores que estão envolvidos nesse processo produtivo. Procurarmos levar esse conhecimento a todos as regiões que produzem cacau”, finalizou.