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As oportunidades de negócios e o empreendedorismo na Amazônia, com foco na bioeconomia. Esses foram os principais temas do painel “Oportunidades e negócios na Amazônia”, dentro das discussões do II Fórum Varanda da Amazônia, intitulado “A Amazônia em Nós”, realizado nesta quarta-feira (09), no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas, em Belém.
O diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, foi um dos painelistas e destacou as ações no sentido de fortalecer os pequenos negócios paraenses, com vistas para COP30. Ele ressaltou que o Sebrae/PA está presente nos 144 municípios paraenses e conta com uma equipe técnica de mais de 300 colaboradores para atender o Estado.
“O Sebrae vem participando e desenvolvido nos pequenos negócios há 50 anos no Pará, e fazer parte deste segundo fórum foi realmente um momento muito importante. O nosso objetivo é muito claro, é defender a Amazônia e defender os pequenos negócios. Grande parte dos negócios no mundo é prioritariamente composto de mais de 90% por pequenos negócios, e se nós queremos fazer a transformação do mercado, por exemplo, a pauta prioritária precisa ser dos pequenos negócios. Então, nós estamos aqui para isso, junto com a Fafá de Belém, junto com os artistas que vêm de fora, para conhecer a Amazônia, para referendar a Amazônia”, destacou Rubens Magno.
Durante o painel, o diretor disse que, desde o anúncio da COP30, em Belém, o Sebrae no Pará oferta capacitações para os pequenos empreendedores paraenses, com vistas a potencializar os pequenos negócios paraenses. A ideia é receber bem os turistas e participantes da conferência climática. “Nós estamos aqui para recebê-los com os pequenos negócios, mostrar que os pequenos negócios estão preparados para receber não só pessoas do Brasil, mas pessoas do mundo todo, mas principalmente, destacar que somos verdadeiramente defensores da nossa terra, do nosso território, da nossa Amazônia”, completou ele.
Com mediação da cantora Fafá de Belém, também participaram dos debates Mauro Costa, gerente de Relacionamentos e Abastecimento da Biodiversidade da Natura, Noanny Maia, CEO da marca Cacauaré, e Saulo Jinkings, chef e proprietário da Casa do Saulo.
“Acredito que a sustentabilidade é algo maior que reciclar e plantar somente, tem que estar intrínseco isso, pensar no legado que vamos deixar para futuras gerações. Então, para fomentar o nosso negócio do cacau, procuramos o Sebrae/PA, participamos do NISA, vimos todos os processos para melhorar a nossa vida e da nossa comunidade por meio do empreendedorismo”, disse Noanny Maia, que trabalha com produtos como chocolates, geleias e ecobags, produzidos a partir do cacau.
“Mostrei para o nosso povo que podia oferecer um novo modelo de negócio e comecei pela gastronomia, então peguei todo esse viés para provar que a comida é um negócio sustentável também, e provoquei instituições de negócio e ensino em relação a isso “, completou o chef de cozinha, Saulo Jinkings.
Fórum
Em sua segunda edição, o II Fórum Varanda da Amazônia é um espaço de diálogo e celebração, criado para discutir o futuro da Amazônia. O evento se propõe a aprofundar as conversas sobre a biodiversidade amazônica, explorando as oportunidades e desafios que a região enfrenta a partir de diversas perspectivas.
“Teremos uma COP30 pela frente, então precisamos estar fortalecidos, mostrar para todos os atores sociais, para a sociedade como um todo, o que nossa região amazônica pode fazer e estará fazendo para melhorar o planeta”, disse Fafá de Belém, durante o painel.
A programação inclui oito painéis de discussão e apresentações culturais, que visam conectar iniciativas públicas e privadas, comunidades amazônicas e universidades com a rica cultura local, seus valores e sua profunda relação com a natureza e a sociedade.
Além da troca de conhecimentos, os participantes têm a oportunidade de ouvir especialistas, ativistas e líderes comunitários que compartilham suas visões e propostas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
