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As peças do artesanato paraense como biojoias, crochês e bordados foram destaques durante a sexta edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura do Ceará (FENACCE), realiza de de 20 a 29 de setembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Considerada a maior feira do segmento da região nordeste do Brasil, o evento recebeu um público de cerca de 40 mil pessoas, fomentando o artesanato e a cultura como pilares da economia criativa.
A dona de casa Neiva Silva, moradora de Fortaleza, esteve duas vezes no estande do Pará na feira de artesanato para conferir as peças paraenses, que segundo ela, são ricas em detalhes. “Estive por duas vezes na feira e não tive como recusar visitar o estande do Pará, dessa vez, junto com minhas amigas. A autenticidade e a riqueza das peças me fizeram voltar aqui, mas acima de tudo, o tratamento das artesãs com o público. São objetos ricos e que demonstram a cultura paraense. Todas estão de parabéns”, disse ela.
Com apoio do Sebrae no Pará, durante 10 dias, três artesãs do Estado tiveram a oportunidade de expor e comercializar suas peças em um estande no evento, além de fazerem networking com o público de todo o Brasil. Antes, elas passaram por workshops e palestras preparatórias com temas sobre vendas, marketing e gestão de negócios.
Segundo a analista do Sebrae no Pará, Alessandra Lobo, a participação das artesãs paraenses no evento foi bastante positiva, já que juntas elas conseguiram mais de R$ 16 mil em receita de vendas. Além disso, as empreendedoras paraenses também participaram da rodada de negócios e expansão do mercado.
“A combinação de vendas expressivas, interações emocionais com os visitantes e novas oportunidades de mercado contribuiu para o fortalecimento do setor artesanal. A expectativa é que esta parceria continue a crescer, garantindo que mais artesãos do Pará possam mostrar seu talento em futuras edições”, ressaltou a analista.
Para a artesã Suelem Gomes, a feira foi muito satisfatória, na medida em que conseguiu mostrar seu trabalho para o público do nordeste. Trabalhando na produção artesanal de biojoias, a partir da fibra de miriti, a artesã utiliza sementes e insumos regionais nas suas peças entre brincos, colares e pulseiras.
“Estou muito agradecida pelo Sebrae/ Para pelo convite para apresentar toda as minhas peças, minha cultura de Abaetetuba. Estou retornando com muitas experiências e muito conhecimento que posso colocar no meu negócio”, ressaltou ela, que atua em Abaetetuba
A mesma opinião foi compartilhada pela paraense Rosilene Rocha, que esteve à frente da marca Leny Fios e Pontos. Ela levou peças feitas em crochê como bolsas, carteiras, mochilas e tapetes, produzidos com fios 100% algodão e náutico.
“Foi um evento maravilhoso, onde nós pudemos agregar tanto na questão de conhecimento quanto na questão dos negócios, então foi tudo muito positiva a feira e só temos a agradecer ao Sebrae/PA”, disse ela, que mora em Vigia.
Já a artesã Sandra Nascimento, da Fiorella Joias, expôs na feira biojoias amazônicas em peças como brincos, correntes, colares e gargantilhas, produzidas de maneira sustentável. A empreendedora conta que busca promover o conceito de moda responsável, unindo estética, sustentabilidade e valorização do trabalho artesanal.
“Foi uma oportunidade única e maravilhosa, a qual fui convidada, e retorno a Belém com mil ideias na cabeça, com uma perspectiva muito boa. Houve um ganho financeiro porque nós vendemos nossas peças, mas também uma maior troca de experiências com outras pessoas. Como artesã, trabalho utilizando a internet, mas meu ateliê fica em casa, então foi importante conversar com outras pessoas que trabalham da mesma maneira”, contou ela.
Artesanato nacional
A 6ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura do Ceará foi iniciada no dia 20 e seguiu até o último domingo (29), no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza, reunindo mais de 1.500 artesãos de 27 estados brasileiros. Eles compartilharam suas criações para mais de 40 mil visitantes, em 10 dias de evento.
Além da exposição e comercialização do artesanato brasileiro, a feira também ofereceu atividades culturais, workshops e palestras sobre técnicas de produção, gestão de negócios, marketing e outras áreas relevantes para o desenvolvimento do artesanato.
