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O espaço gastronômico da En-Zone, a Zona do Empreendedorismo do Sebrae Pará no Porto Futuro I, tem sido um dos mais concorridos na programação que vem sendo realizada desde o dia 10 e segue até o dia 21 dentro da COP30. No pavilhão da En-Zone, o público encontra uma grande variedade de opções que vão de pizzas e sanduíches com insumos regionais, como o hambúrguer de maniçoba e o brioche com dourada frita, passando pelos sorvetes de sabores exóticos, a exemplo do COP da Floresta, que utiliza farofa de formiga na composição, até tortas e doces veganos, como as produzidas pela Doce do Bem.
A história da doceria começou com a empresária Letícia Resque, que decidiu investir em receitas mais saudáveis que tivessem menos concentração de açúcar e contemplassem pessoas com restrições alimentares, como os intolerantes a glúten, lactose, e polióis (mais conhecido como xilitol), usados em dietas de diabéticos.
“Minha filha foi a mentora das receitas que serviram de base para a criação do cardápio da doceria. Desde novinha ela sempre gostou muito de doce, mas, se ressentia por não poder ceder a essa vontade. Foi então que ela decidiu procurar informações sobre cozinha inclusiva e foi fazer um curso no Rio de Janeiro sobre alimentos zero lactose, zero glúten e zero açúcar”, conta Margarida Vasconcelos Almeida, empreendedora que está à frente do estande da Doce do Bem na En-Zone.
A partir dessa capacitação Letícia desenvolveu várias receitas, adaptando os nomes dos doces mais tradicionais e introduzindo componentes regionais para oferecer ao público local um cardápio mais saudável e acessível, especialmente às pessoas que sofrem com algum tipo de intolerância ou alergia alimentar
No Brasil, estima-se que 51% da população brasileira tenha a tendência genética a desenvolver intolerância à lactose, ou hipolactasia do tipo adulto, o tipo mais comum de restrição alimentar no mundo. Estudos mais antigos apontavam que a condição poderia afetar até 70% dos adultos brasileiros.
Globalmente, a deficiência primária de lactase afeta cerca de 70% da população mundial adulta, podendo variar entre diferentes regiões e etnias. Mas, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, faltam estatísticas globais consolidadas e precisas para todas as formas de intolerância alimentar, em razão de limites de diagnóstico e definição.
Já com relação às alergias alimentares, que se diferem das restrições, estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas no planeta apresentem essa condição.
A Doce do Bem existe desde 2014, e começou de forma artesanal, na casa de Margarida. A constituição como empresa veio em 2019 e, de cara, enfrentou o primeiro desafio: a pandemia de Covid-19, que obrigou a doceria a fechar as portas e manter apenas o serviço delivery. O espaço ainda era modesto e funcionava dentro de uma galeria na Humaitá.
Em 2021, mãe e filha decidiram dar um passo mais ousado e partir para uma loja mais estruturada, aberta na travessa Diogo Móia, no bairro do Umarizal, que funciona até hoje como matriz. “Esse já era um espaço mais decorado, mais bonito, bem maior, e aí ela já pode ampliar bastante o leque. Com isso fomos ganhando visibilidade, clientes e consolidando o nosso nome”, conta Margarida.
Atualmente, além da loja física, a Doce do Bem tem uma filial no Shopping Bosque Grão-Pará e atende também alguns restaurantes de Belém, além de fazer entregas.
Para o estande da En-Zone, a Doce do Bem trouxe opções como Maria Isabel de bacuri e coco, torta Oreo de brigadeiro artesanal de cacau com cream cheese, ambas sem glúten e zero açúcar; torta fudge vegana de chocolate meio amargo; e a COP30, torta de doce de leite com cupuaçu e castanha-do-Pará. Os amantes dos salgados também têm a opção de experimentar a quiche paraense feita de camarão-rosa com jambu e farinha de amêndoas sem glúten.
“Para a COP a gente precisava arrumar alguma coisa que fosse a cara de Belém, da Amazônia. Foi aí que nós tivemos a ideia fazer algo com essa pegada regional e usamos o cupuaçu, o doce de leite e a castanha-do-Pará em uma massa feita com pão-de-ló. Demos à torta o nome de COP30 e as pessoas estão amando”, celebra Margarida.
“O Sebrae Pará nos deu a oportunidade de participar dessa feira maravilhosa para mostrar os nossos produtos para um público muito maior, gente que, inclusive, ainda não conhecia nosso trabalho, e a receptividade tem sido incrível. Inclusive já recebemos vários pedidos, muita gente interessada em encomenda para as festas de fim de ano, procurando saber onde é a nossa loja física para conhecer todo o nosso cardápio. Estamos super satisfeitos com essa estrutura linda, tá tudo muito bem organizado e as pessoas estão dando um grande suporte pra gente”, relata.
A Doce do Bem funciona na travessa Diogo Móia, 910, no bairro do Umarizal, e tem um ponto de venda no Shopping Bosque Grão-Pará. Quem quiser saber mais sobre o cardápio da doceria pode acessar o perfil @docedobem.
A En-Zone é uma realização do Sebrae/PA, tem a operadora Claro como parceira de conectividade, patrocínio da Hydro e Sicredi e apoio institucional da Prefeitura de Belém, Governo do Pará e Governo Federal.
