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A Loja Brasil BioMarket, com unidades na Green Zone e na En-Zone, a Zona do Empreendedorismo instalada pelo Sebrae Pará no Porto Urbano Belém Futuro I, tem cumprido o papel de vitrine dos negócios paraenses durante a COP 30. O faturamento de domingo (16), de R$ 20 mil apenas na En-Zone, apontou que o mercado recebeu o maior número de visitantes, inclusive de outros países. Os estrangeiros gastam, em média, R$ 400 por visita.
O gerente da Unidade de Relacionamento Empresarial do Sebrae/PA, Antônio Romero, conta que a diversidade do mercado tem impressionado os clientes. “A loja tem mais de 250 marcas, são 750 produtos distintos. É uma loja que representa o Brasil como um todo, com produtos de empreendedores que nasceram com o Sebrae e hoje estão conseguindo comercializar seus produtos com uma vitrine internacional”. Nas duas unidades há mais de 100 marcas paraenses, com mais 400 itens. “Temos farinha de Bragança, camisas marajoaras, artesanato da região bragantina, de Santarém”, disse.
A princípio os estrangeiros vêm em busca do que eles já conhecem, como o açaí, e levam grande quantidade de açaí liofilizado, café, grão de açaí torrado para ser usado na bebida, cachaça. No mercado eles descobrem as pimentas, o tucupi, molhos, pó de guaraná, castanhas, farinhas e farofas prontas. No local também estão disponíveis produtos de outros estados.Essas conexões abrem possibilidades de negócios, porque os consumidores desejam continuar tendo acesso aos produtos paraenses. A conversão de vendas também ocorre graças à fluência dos consultores do Sebrae/PA em outros idiomas. Neste domingo passaram pelo Brasil BioMarket consumidores vindos dos Estados Unidos, Irlanda, França, Portugal, Paquistão, Canadá e Argentina.
A empreendedora Hortência Osaqui, CEO da Fazenda Bacuri, é apoiada pelo Sebrae/PA e começou a se preparar para esta Conferência do Clima em 2023. Ela priorizou o desenvolvimento de kits presenteáveis de licores e geleias e diz que a receptividade tem sido excelente. “Trabalhar esse processo artesanal de uma fruta da Amazônia tem sido uma jornada árdua, mas o Sebrae foi fundamental pra que a gente não desistisse no meio do caminho. Através do Sebrae eu consegui fazer primeiro nossa agroindústria e depois ter abertura de mercado”, disse ela.
A Loja Brasil BioMarket também tem aproximado consumidores paraenses dos produtos locais. É o caso dos visitantes Ruanne Torres e Fernando Né. “Eu estou me surpreendendo porque, apesar de ser de Belém, eu não conhecia tantos produtos que são próximos da gente, fabricados em Abaetetuba, Ananindeua. Outra coisa que é legal é que o pessoal que trabalha aqui, independentemente se você disse que vai comprar ou não, eles fazem uma espécie de tour, e mostram elementos, curiosidades, respondem perguntas. Por mais que a gente não compre algo, a gente consegue sair com aquele conhecimento dali. Eu, por exemplo, vi um iogurte da minha infância, que eu achava que nem existia mais, e aqui tinha”, disse.
“Eu percebi que tem uma grande diversidade de produtos de todos os lugares do Brasil, mas como paraense eu fico grato pela quantidade de produtos paraenses e de boa qualidade, desde tucupi em caixinhas pros turistas levarem pra outros estados, até doce de leite, queijo do Marajó, artesanato”, acrescentou ele.
A En-Zone é uma realização do Sebrae/PA, tem a Claro Empresas como parceira de conectividade, patrocínio da Hydro e Sicredi e apoio institucional da Prefeitura de Belém, Governo do Pará e Governo Federal. O espaço está instalado no estacionamento do Porto Futuro I e funciona de 17h às 23h, com entrada franca.
