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Justiça climática e justiça de gênero são temas de painel na Casa Brasil

A ação integra a programação do Sebrae na COP 30 e teve o objetivo de mostrar o protagonismo feminino na busca pela justiça climática
Por Ana Tereza Leal
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Dar visibilidade para mulheres que lideram práticas sustentáveis e criam novos caminhos para políticas climáticas mais justas e inclusivas. Esse foi o principal foco do painel “Mulheres, clima e território: o protagonismo feminino pela justiça climática”, promovido pelo Sebrae na noite desta segunda-feira, no Auditório da Casa Brasil, localizada na Praça Waldemar Henrique.

Participaram do painel a ministra das Mulheres, Márcia Lopes; a diretora técnica do Sebrae no Pará, Domingas Ribeiro; a diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho; idealizadora e cofundadora da Reconecta Negócio Social, Lívia Ribeiro; fundadora e CEO da Be.Labs, Marcela Fujyi; e teve como moderadora a diretora acadêmica da Comissão das Mulheres e Advogadas da OAB-PA, Milena Guimarães Cunha.

Abrindo o painel, Lívia Ribeiro e Marcela Fujyi mostraram como as mulheres são impactadas pelas mudanças climáticas: elas são as que mais sofrem os seus efeitos, mas lideram o enfrentamento das mudanças climáticas. “Então, a gente lutar por justiça climática é compreender que quem menos contribui com as mudanças climáticas é quem mais sofre e nem sempre está na mesa de decisão”, alertou Lívia. “As mulheres que passam pelos nossos programas são as mais impactadas por secas, enchentes e vulnerabilidades sociais, mas também estão na ponta trazendo soluções, por meio da agricultura familiar, reaproveitamento de resíduos… Cada uma fazendo uma revolução silenciosa com os seus empreendimentos”, complementou Marcela.

Já as diretoras do Sebrae destacaram como a entidade tem trabalhado para fomentar e destacar o empreendedorismo feminino, especialmente a bioeconomia promovida por mulheres.

“Nós vulcanizamos o empreendedorismo feminino por meio de programas como o Sebrae Delas, por meio do qual trabalhamos características emocional e de formação empresarial dessas mulheres. Tudo para que o empreendedorismo liderado por mulheres possa ganhar o devido destaque”, disse Domingas Ribeiro.

Já Margarete Coelho destacou o papel das empreendedoras nas soluções inovadoras para os desafios climáticos do Brasil, destacando a importância das políticas públicas para favorecer os negócios liderados por mulheres. “Não dá para você falar sobre justiça climática, sobre transição justa sem falar desses dois grandes grupos: dos pequenos negócios, que são mais de 95% da base da nossa economia e os grupos minorizados, como o das mulheres. Então, o Sebrae começou a fazer esse trabalho com esse grupo e hoje nós atendemos mais de 500 mil mulheres ao ano”.

“É muito importante que nós tenhamos homens na plateia, porque nós não iremos construir um mundo de equidade de gênero sem a participação de todos”, concluiu a ministra Márcia Lopes.

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