Acesse o Portal Sebrae
Traços, cores, criatividade e ancestralidade dão forma a brincos, pulseiras, cordões, colares e mochilas produzidas por povos indígenas do município de Altamira, na Região do Xingu, que estão em exposição no Espaço Amazônia, dentro da 13ª edição da Feira de Artesanato do Círio (FAC), promovida pelo Sebrae no Pará, de 9 a 15 de outubro, na capital.
De acordo com a empreendedora Mara Cristina, integrante da Rede Terra do Meio, que integrada por um conjunto de associações. “A gente trabalha com artesanato dos povos Xicrin, Assurini, Parakanã e Xipaya. E aí, a gente tem essa diversidade de artesanato. Além das bijuterias miçangas, a gente tem cuias, tecidos com grafismos, remos, material feito com madeira caída e tem também cerâmica”, enumera Mara. “A gente trabalha com quatro povos diferentes. Então, cada povo tem o seu o seu artesanato característico”, complementa.
Uma das novidades trazidas pelo grupo este ano foram as mochilas feitas com tecido encauchado, que é uma técnica sustentável e tradicional da Amazônia, que consiste em revestir tecido com o látex natural da seringueira. O tecido é produzido na Terra Indígena Xipaya e as mochilas são produzidas por uma empresa parceira da associação indígena.
“Todos os nossos produtos têm o selo Origens Brasil, que é um selo de rastreabilidade do produto. Então, você lê o QR Code, ele vai te contar quem produziu, onde foi produzido, em qual aldeia foi produzida, qual etnia”, detalha Mara.
Essa é a segunda vez que o grupo participa da FAC e tem feito sucesso nas duas edições que participou. “Aqui é uma é uma das maiores das feiras que a gente participa, que tem o maior lucro e, além disso, é importante para trazer artesanato da região do Xingu para divulgar aqui na região de Belém”, pontua.
