Empreendedores, pessoas que pensam em empreender e especialistas se reuniram neste sábado (16) no Startup Day Belém, promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae/PA), na sede da instituição. Este ano, o evento chegou à sua décima edição com o tema “Preparando nosso ecossistema para a COP 30” e incluiu palestras, estandes organizados por startups e batalha de pitches, que são apresentações curtas e objetivas a respeito de uma empresa ou negócio inovador.
“As pessoas têm visto esse movimento grande, não só do Sebrae, mas também do Governo do Estado com relação à COP 30, mas, muitas vezes, o empreendedor não consegue enxergar de que forma consegue se inserir nesse contexto. Nós estamos falando de 250 dólares, em média, por dia sendo desembolsados por cada um dos 100 mil prováveis visitantes que estarão por aqui, em novembro de 2025. A gente está falando de uma média de 12 dias de permanência de cada pessoa. Então, a gente enxerga uma floresta de oportunidades nesse cenário”, revelou o Diretor-Superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.
Com a participação de mais de 100 pessoas, o Startup Day é um evento dedicado ao ecossistema de startups, na busca de promover o empreendedorismo, a inovação e a tecnologia em todo o Brasil. Para isso, a iniciativa busca fornecer conhecimentos, ferramentas e conexões para ajudar os participantes a lançarem e/ou desenvolverem as suas ideias de negócios. A iniciativa ocorreu de forma simultânea em 178 municípios brasileiros, nos 26 estados do país e no Distrito Federal.
Para a Diretora Técnica do Sebrae, Domingas Ribeiro, que também esteve presente ao evento, “o Startup Day busca levar o que há de melhor nessa linha da economia, da inovação e do empreendedorismo”, resumiu.
A programação de palestras incluiu temas como as oportunidades para a COP 30 na Amazônia, ecossistema de inovação, linhas de fomento de crédito, ESG (sigla em inglês para governança Ambiental, Social e Corporativa) e outros ligados à sustentabilidade e inovação, sempre voltados para as startups. Para falar sobre esses temas, foram convidados especialistas de destaque no cenário do empreendedorismo.
Thiago Barra, da Digital Forest, foi um deles e falou sobre “Pensamento analítico: o que vem antes da Inteligência Artificial (IA)”, mostrando as possibilidades da IA para melhorar as operações dos pequenos negócios. “A gente tem o desafio de começar a trabalhar mais com dados nas empresas, não só do Pará, mas brasileiras no geral. Saber onde coletá-los e estruturá-los para que se possa tomar uma decisão melhor. É moldar esse modelo de pensamento para o pensamento focado em dados”, explicou. Segundo ele, esses dados podem ser obtidos de forma simples, em qualquer plataforma digital, como por exemplo no e-commerce da própria empresa.
Startups em todos os estágios de maturidade estiveram presentes, como a Discontapp Soluções, que é uma plataforma de anúncios de cupons de desconto, destinada a empreendedores de pequenas regiões, como bairros. A empresa foi fundada em junho de 2023 e será lançada no mercado em junho deste ano. “Estar inserido nesse ambiente proporciona justamente ver o que o mercado está buscando e a nossa solução está em linha com essa necessidade de mercado, que é fomentar a economia, fomentar o empreendedorismo”, declarou.
Batalha de pitches
Seis startups tiveram a oportunidade de participar de uma batalha de pitches. As apresentações, que tiveram a duração de três minutos, foram avaliadas em três critérios: originalidade, impacto e modelos de negócios. As startups vencedoras receberão uma bolsa para participar do Empretec, considerado o maior programa de formação de empreendedores do mundo, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), promovido em 40 países.
A vencedora da primeira batalha foi a startup Storge Care, uma plataforma digital que conecta profissionais de saúde a pacientes domiciliares. Com ela, os pacientes podem agendar atendimentos de saúde, por exemplo.
Entre as apresentações da tarde, a startup vencedora foi Iasauatec Amazom, cuja inovação consiste em recompor o solo com Terra Preta Arqueológica (TPA), tipo de solo altamente fértil. Essa é uma solução tecnológica sustentável que aumenta a produtividade e a renda do agricultor familiar.
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