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Projeto Sustenta e Inova é tema de painel na Casa Brasil, dentro das discussões da COP 30

Iniciativa mostrou como a inovação que nasce nas comunidades está fortalecendo a bioeconomia no Pará
Por Bruno Magno
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A integração entre ciência, empreendedorismo local e saberes tradicionais foi o destaque do painel “Inovação de Base Comunitária: Um Kit de Ferramentas para uma Amazônia Viva”, realizado na Casa Brasil nesta sexta-feira (08), em Belém, dentro das discussões da COP 30. A iniciativa apresentou experiências que mostram como a inovação que nasce nas comunidades está fortalecendo a bioeconomia, a conservação da floresta e o desenvolvimento sustentável no Pará .

O painel apresentou soluções colaborativas entre o Sebrae no Pará, instituições de pesquisa, órgãos públicos e comunidades locais. Os painelistas falaram de práticas e metodologias inspiradas em histórias reais, demonstrando caminhos possíveis para uma Amazônia viva e sustentável.

Participaram do painel Edvan Silva, coordenador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Pará; Antônio Leite, técnico da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Jaqueline de Carvalho Peçanha, consultora do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD); Maria Oenice, coordenadora do Fórum de Comunidades Tradicionais de Paragominas. O evento foi mediado pela analista técnica do Sebrae/PA, Paula Couceiro, que coordena o projeto Sustenta e Inova, executado pela instituição com financiamento da União Europeia.

“O grande objetivo desse painel é que o público conheça as experiências reais de quem trabalha diretamente com a natureza e com projetos que buscam sustentabilidade como o Projeto Sustenta Inova”, destacou Paula Couceiro.

Financiado pela União Europeia e coordenado pelo Sebrae/PA, o projeto Sustenta e Inova atua na promoção de práticas agrícolas sustentáveis e inovadoras na Amazônia brasileira, com apoio da Embrapa e CIRAD. Lançado em 2021, atualmente o projeto atende as regiões do Capim, Marajó e Xingu, já capacitou mais de 2.400 produtores rurais, e facilitou a abertura de 60 negócios de impactos.

“As soluções para a crise climática e o desenvolvimento sustentável da Amazônia passam, necessariamente, pelo protagonismo das comunidades locais, unindo o conhecimento tradicional à inovação científica e tecnológica”, acrescentou.

Projeto Sustenta e Inova foi tema de debate na Casa Brasil. Foto: Carlos Borges.

Representando as comunidades, Maria Oenice, presidente de associação e coordenadora do Fórum das Comunidades Rurais de Paragominas, reforçou o papel da união entre as famílias rurais. “É uma honra compartilhar nossa trajetória e o trabalho que desenvolvemos para melhorar a vida das famílias que vivem na região de Paragominas. Esperamos que essa COP 30 nos traga resultados reais, que beneficiem toda nossa comunidade, toda Amazônia e o Pará”, ressaltou.

O coordenador do Iphan, Edvan Silva, ressaltou a importância da articulação interinstitucional e da integração entre o conhecimento local e as políticas públicas. “As lições que aprendemos nos territórios ajudam a influenciar políticas públicas que reflitam esses resultados e fortaleçam as comunidades”, disse ele.

Já o pesquisador da Embrapa, Antônio Leite, falou sobre o projeto “Manejaí”, que é realizado pela instituição, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e outros parceiros. A ideia é conciliar a produção de açaí com a conservação das florestas de várzea, em quatro municípios do Marajó.

“O Manejaí atua também no empoderamento de mulheres e jovens da comunidade, fortalece as relações tradicionais e promove o protagonismo e o desenvolvimento das capacidades locais”, disse.

A programação completa dos painéis de discussão da Casa Brasil está no aplicativo En-Zone COP30.

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