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Às vésperas da COP 30, o Polo Sebrae de Bioeconomia, localizado em Belterra, se transformou em uma verdadeira vitrine da Amazônia, conectando empreendedores locais a líderes globais, investidores e autoridades, por meio da realização do Global Citizen Sessão Belterra, nesse sábado (08). Promovido pelo Sebrae no Pará em parceria com o Sebrae Nacional e a organização internacional Global Citizen, o evento faz parte da programação da entidade brasileira para 30ª Conferência das Partes e inclui debates com especialistas globais sobre sustentabilidade, encontros entre grandes investidores e startups amazônicas da bioeconomia e ainda uma feira de pequenos negócios sustentáveis.
“Essa é mais uma das ativações que o Sebrae está fazendo para mostrar o protagonismo dos pequenos negócios na Amazônia e no Brasil. Como a COP está ocorrendo na Amazônia, no Brasil, que é um marco importante, mas nós não queríamos restringi-la apenas à capital. Por isso, nós do Sebrae pensamos em dar passos além disso, de trazer lideranças globais para a floresta, como estamos fazendo, para que possam dialogar e conhecer os empreendedores, assim como a bioeconomia da Amazônia”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.
“Nesse território, quase 100% da impulsão econômica é produzida pelo pequeno negócio. Então, não há sustentabilidade se nós não garantirmos que esses modelos de negócios, dos quais já temos aqui uma expressão e a presença do Sebrae na impulsão da pequena economia, sejam estimulados e que se tenha os valores para produzir uma economia sustentável dentro dessa diversidade extraordinária que só o Brasil tem, que é a nossa Amazônia”, disse o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Uma das frentes do evento foi a participação de 20 startups atendidas e impulsionadas pelo Polo Sebrae de Bioeconomia. Elas tiveram a oportunidade de manter contato com potenciais investidores internacionais para o crescimento de seus negócios.
Outra frente buscou abrir mercado e promover os produtos dessas startups, em um espaço para a expor a produção desses 20 negócios da bioeconomia.
O empreendedor Tiago Silva é proprietário da Ponto Gelato há quase 10 anos e busca investimentos para expandir seus negócios fora do território amazônico. “A Ponto Gelato é uma sorveteria de experiências da Amazônia. E estar nesses eventos é uma oportunidade de visibilidade, de chamar atenção de possível investidor, fazer conexão, gerar novas oportunidades. Para nós é muito importante ter essas portas abertas e numa vitrine de grande valor e visibilidade”.
Já o professor e empreendedor Wallace Leal investiga há cerca de 20 anos doenças neurológicas e modelos experimentais de tratamento, chegando a um produto a base de óleo do gergelim. Assim desenvolveu a startup sanaterena Neuroprotect, em 2021. “Nós já realizamos quase 90% dos testes, mas ainda falta um teste que estou buscando investidores, que é o chamado doses repetidas. Depois disso, nós preparamos o relatório e enviamos para anisa solicitando testes em humanos”, detalha.
A terceira frente do Global Citizen Sessão Belterra foram os debates com especialistas globais e empreendedores locais falando sobre as suas experiências. Foram três painéis continham conteúdos considerados estratégicos para a temática da sustentabilidade, incluindo formas de produzir alimentos conservando a biodiversidade, empreendedorismo e inovação amazônicos que unem saberes ancestrais e novas tecnologias para criar negócios sustentáveis e formas de financiamento de bionegócios.
O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, destacou o encontro entre saberes tradicionais da floresta e a ciência. “O que está acontecendo aqui hoje é muito poderoso: a gente está na vitrine de uma Amazônia possível. Isso aqui é uma realidade do que pode vir a ser a Amazônia. E nós estamos ativando todas as ciências possíveis e trazendo para esse território, onde ciência e empreendedorismo encontram as culturas tradicionais dos povos tradicionais, que estão respeitando e valorizando esses ativos”.
“É uma alegria muito grande sediar esse evento e, mais do que nunca, a união do poder público, Sebrae, Muca e setor produtivo está trazendo aquilo que gerações belterrenses ao vêm sonhando ao longo dos anos, que é desenvolvimento sustentável, é a oportunidade de ser visto. Nós temos um município que possui mais de 70% de sua área preservada. Então, eu acredito que estamos no caminho certo, trabalhando realmente com a preservação ambiental”, concluiu o prefeito de Belterra, Ulisses Alves.
Ainda fizeram parte da programação uma apresentação folclórica de integrantes do Boto Tucuxi, ritual indígena e desfile de moda.
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Sobre o Polo Sebrae de Bioeconomia
O Polo Sebrae de Bioeconomia está localizado no Museu de Ciência da Amazônia (Muca) e foi lançado em 2022, com o objetivo de desenvolver conteúdos, soluções e experiências que visam uma melhor gestão e inovação das cadeias de bioeconomia e turismo na Amazônia. Até o momento, os investimentos na bioeconomia, por meio do polo, ultrapassam os R$ 7 milhões e 60 pequenos negócios beneficiados em Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, que transformam sustentabilidade, cultura e inovação em negócios de impacto, deixando na região um legado de conexões, investimentos e novos mercados.
