A bioeconomia tem um papel fundamental como uma ferramenta de transformação social e e ecológica, especialmente para os pequenos negócios situados no estado do Pará, que vai receber a COP 30 em novembro de 2025, em Belém. Para compartilhar experiências em projetos que promovem essa prática por meio da cooperação, como o projeto Sustenta e Inova, desenvolvido pelo Sebrae/PA, o diretor-superintendente Rubens Magno participou do painel “Caminhos Brasileiros para Transformação Ecológica: A Bioeconomia e a Cooperação em Tempos de Mudança Climática”, nesta quarta-feira (13), dentro da programação da COP 29, em Baku, no Azerbaijão.
No painel realizado no Pavilhão Brasil, o diretor ressaltou que o projeto tem como objetivo desenvolver as práticas visando a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, sendo voltado para empreendedores rurais no Pará para diminuir a degradação de três regiões do Estado (Transamazônica, Marajó e Belém).
Rubens Magno disse ainda que, mesmo antes de Belém ser escolhida para sediar a próxima Conferência, o Sebrae/PA começou a trabalhar com o programa em 2021, que tem investimento de R$28 milhões da União Europeia na região. “Precisamos entender que as iniciativas locais como o projeto Sustenta e Inova podem e devem ter um impacto global, reforçando a importância do apoio aos pequenos negócios e à inovação para impulsionar um futuro mais sustentável para todos”, disse ele.
Rubens Magno também ressaltou que o Sebrae/PA é parceiro estratégico do Governo do Pará para preparar Belém para sediar a COP 30, por meio de cursos, capacitações e mentorias aos pequenos empreendedores paraenses. “Destacamos também as milhares de capacitações que estão sendo feitas pelo Sebrae, o fortalecimento do pequeno negócio, que hoje já consegue dialogar com o estrangeiro, por exemplo, por meio de cursos de inglês que estamos oferecendo. Esse sim será o grande legado da COP da floresta. Queremos transformar a lógica da nossa cidade como entrada para Amazônia e promover a distribuição de renda por meio do turismo”, disse.
Na oportunidade, ele lembrou que o Sebrae estabeleceu quatro eixos de trabalhos para fortalecer os pequenos empreendedores por meio de cursos e capacitações nas áreas de Mobilidade Urbana, Alimentos e Bebidas, Economia Criativa e Hospitalidade.
Por fim, Rubens Magno lembrou ainda que as discussões sobre o clima são essenciais para suscitar o debate sobre sustentabilidade, e ressaltou que na Amazônia o trabalho está sendo feito com os empreendedores para que produzam de forma consciente. “O que nós queremos é fazer com que o protagonismo da Amazônia venha a partir dos pequenos negócios, já que mais de 95% das empresas paraenses são formadas por pequenas empresas, e a nossa estratégia é passar por cooperativas e pequenos negócios difundindo essa importância do sustentável”, completou.
Também participaram do painel Bruno Peixinho, da Organização dos Estados Ibero Americanos; Jéssica Chamusca, também da Organização dos Estados Ibero Americanos; Renato Soares Peres Ferreira, do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; Gabriela Savian, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).