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Cerca de 150 mil visitantes são esperados Chocolat Xingu - Fotos: Jaime Souzza.
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Até o próximo domingo (16), o cacau será protagonista no município de Altamira, localizado na Região Oeste do Pará, graças ao Festival Internacional do Chocolate e do Cacau de Altamira – Chocolat Xingu. O evento, cuja abertura oficial ocorreu na noite dessa quinta-feira (13), conta com mais de 200 estandes de expositores, que estão abertos ao público para visitação. A expectativa é de que cerca de 150 mil pessoas passem pelo Centro de Eventos Vilmar Soares, durante os quatro dias de festival.

O evento tem o patrocínio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae/PA) e é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), e da Prefeitura Municipal de Altamira.

Na exposição, o público poderá apreciar uma variedade de produtos derivados do cacau, como bombons, licor, nibs, barras de chocolate, artesanatos feitos com produtos da agrofloresta, bijuterias e até produtos cosméticos.

Esses produtos podem ser encontrados em estandes como o Sebrae/PA, onde empreendedores e produtores rurais da Região do Xingu, atendidos pela instituição, expõem e comercializam sua produção.

Gilso salvou negócio herdado do pai e ampliou a quantidade de produtos comercializados

Um deles é o apicultor Gilso Arruda, dono do apiário Puro Néctar, de Altamira. A apicultura surgiu em sua vida como uma espécie de herança familiar, depois que o pai resolveu desafiá-lo a dar continuidade e alavancar o projeto que tinha iniciado em 1995. “Ele criava abelhas, mas não como atividade principal. Era para ajudar nas despesas. Depois, devido a outras atividades, ele foi deixando de mão as abelhas. Chegou a um ponto de quase ia acabar. Aí, ele resolveu me passar e eu aceitei”, relembra.

Após muito estudo e trabalho, Gilso conseguiu não apenas manter o negócio, mas incrementá-lo e passou de cinco para 13 produtos comercializados, como pólen, mel com extratos diversos, velas aromatizantes, sabonetes, pomadas e licor.

De acordo com a gerente regional do Sebrae/PA no Xingu, Priscila Talita, os empreendedores também poderão contar com alguns serviços da instituição durante o evento. “Nós estamos aqui apresentando os nossos serviços, como consultorias e orientações, e também demonstrando ao público os produtos dos clientes atendidos pelo Sebrae, como produtores de cacau e fabricantes de chocolate”, enumera.

Maior produtor de cacau do país

Atualmente, o Pará é o maior produtor de cacau do Brasil, superando a Bahia. Segundo os índices do Valor Bruto das Produção Agropecuária (VBP), calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto de Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE), o cacau paraense movimentou R$ 2.187.526.817 em 2023, o que corresponde a mais de 58% da produção nacional. O segundo colocado no ranking nacional, o estado da Bahia, apresentou safra de R$ 1.701.203.218 no mesmo período.

Assim, o cacau já é considerado um dos pilares da bioeconomia do Pará, o que, além de gerar renda, contribui para promover um modelo econômico sustentável, que contribui com a preservação da biodiversidade amazônica

O estado alcançou esse patamar graças aos grandes polos de produção, como Altamira. O município é um dos destaques na produção de cacau no estado e é responsável por uma das melhores amêndoas de cacau produzidas no país.

As amêndoas produzidas por Sarah são a prova da qualidade do cacau da região do Xingu

“O cacau é uma produção altamente sustentável, economicamente viável e ambientalmente correta. Nessas feiras, a gente divulga o Pará não só como o maior, mas como um dos melhores produtores de amêndoas. A gente tem um cacau, por exemplo, que tem o maior percentil de manteiga. Ele é muito bem-visto no comércio internacional”, destaca a empreendedora paraense e produtora de cacau Sarah Faes Broghni.

Ela tem formação em psicopedagogia e morava em Santa Catarina. Porém, depois que se casou resolveu voltar ao Pará e investir no fruto. Hoje é dona da marca Ascurra Chocolate, que tem pontos de venda em cinco estados do Brasil e produz uma amêndoa premiada nacional e internacionalmente.

“Nosso objetivo é fazer com que o chocolate se torne uma identidade da nossa região. Temos muito consumidor local, mas a gente tem uma gama muito grande de turistas também e de pessoas que compram para levar como presente para outras pessoas”, revela a empreendedora.

Assim como Sarah, mais de 100 produtores de diferentes regiões de Integração do Pará participam da programação do Chocolat Xingu. Entre o público participantes também estão empresários, representantes de instituições públicas e privadas e consumidores.

O coordenador do Programa do Cacau na Secretaria de Agricultura do Estado do Pará, Ivaldo Santana, destaca os impactos positivos do evento para os produtores da região. “A demanda é muito grande por um evento dessa natureza, no qual os produtores locais têm a possibilidade de trazer seus produtos, expor, comercializar, fazer contato com pessoas de outros estados, de outros países e compradores que vêm para cá participar da rodada de negócios. Então, é um evento da maior importância para gerar mais renda para o produtor de cacau do nosso estado”, conclui.

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