De janeiro a abril deste ano, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) apresentaram um saldo de 16.443 pessoas contratadas em todo o território paraense. De acordo com levantamento do Sebrae no Pará, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), somente em abril foram 5.389 novos postos de trabalho criados pelas MPE – grupo composto pelas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).
As MPE foram as que mais contrataram em todo o Pará, no período de janeiro a abril. Em termos comparativos, nesse período, a Administração Pública gerou um saldo de 1.080 postos de trabalho, enquanto as Médias e Grandes Empresas (MGE) apresentaram saldo negativo de -3.407, relativo à diferença entre admissões e demissões. Empresas de outros portes (CPF, sem fins lucrativos e não informado) apresentaram saldo de 463 postos de trabalho.
“Os pequenos negócios são responsáveis por 89% dos empregos e correspondem a mais de 90% das empresas em nosso estado. Os números evidenciam que esses empreendedores geram um grande impacto positivo na nossa economia, mas não só isso. É impossível pensar em inovação e sustentabilidade sem a inclusão dos pequenos negócios. Por isso, sempre é bom lembrar que a COP 30, a COP da Amazônia, será uma grande vitrine para os pequenos negócios e para destacar o seu papel essencial na agenda de transição climática”, ressalta o diretor-superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno.
Na comparação entre os setores da economia paraense, o de serviços foi o que mais gerou empregos, com um total absoluto de 1.885 postos em abril/25 e saldo de 6.927 no primeiro quadrimestre do ano. Logo depois, aparece o comércio, com 1.442 empregos gerados e saldo de 4.169. Na terceira colocação está o setor da construção civil, que gerou 1.072 novos postos de trabalho em abril e obteve saldo positivo de 2.958 nos quatro primeiros meses do ano.
Panorama Brasil
Em todo o país, as MPE já contrataram 546.833 pessoas, um número que representa quase 60% do total de novas contratações. De acordo com o Caged, somente em abril foram mais de 171,2 mil novos postos de trabalho criados pelas MPE, o que corresponde a 66,5%.
Em abril, o setor de Serviços foi o que teve a maior abertura de postos de trabalho, entre as MPE, com 83,8 mil novos registros, seguido pelo Comércio (37,9 mil) e Construção (29,2 mil).
Os dados de contratação pelos pequenos negócios reforçam o momento de otimismo na economia brasileira. Nesta quinta-feira (29), a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) Contínua Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o número de pessoas com carteira assinada no setor privado entre os meses de fevereiro e abril atingiu seu recorde: são 39,6 milhões de pessoas trabalhando — um crescimento de 0,8% em relação ao trimestre móvel anterior e de 3,8% em comparação ao mesmo trimestre em 2024.
De acordo com a pesquisa, a taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de fevereiro a abril de 2025 foi de 6,6% — o que representa estabilidade em relação ao trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (6,5%) e queda de 1,0 ponto percentual (p.p.) frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
Outro ponto a ser comemorado é a redução da taxa de informalidade, que caiu de 38,3% no trimestre móvel anterior para 37,9%. O número reflete a estabilidade do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões), acompanhada da estabilidade do número de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões).