“Não apenas gerar matéria-prima, mas agregar valor no mesmo ambiente da floresta viva e das comunidades que manejam recursos da floresta, com desenvolvimento sustentável”, disse Ismael Nobre, autoridade quando se fala em bioeconomia no Brasil, da Amazônia 4.0. O especialista foi um dos participantes, neste domingo (04), do painel ‘Inovação na Amazônia: empreendedorismo e inovação mantendo a floresta em pé’, no Amazônia Summit, evento que ocorre no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará, desde esse sábado (03).
Para Ismael, isso é possível com tecnologias que permitem fabricar produtos em pequenas unidades espalhadas pelo interior da Amazônia. “Comunidades que, hoje, só extraem e vendem por um preço muito baixo, vão ser capazes de fazer o produto final”, observou, lembrando o papel do Sebrae nesse contexto. “E é aí que entra o apoio do Sebrae, para capacitar para empreender e levar esses produtos ao mercado”, destacou.
“Hoje, já existe economia da floresta, mas, geralmente, é uma economia de baixo valor, que não resiste às alternativas que se impõem pelos modelos econômicos de desenvolvimento”, observa o especialista.
“É importante conhecer e entender o potencial local”, defende André Nunes, da Beta-i, que também participou do painel com Ismael, evento mediado pelo gerente adjunto de inovação do Sebrae Nacional, Paulo Puppin. Segundo André, “é necessário manter a floresta em pé, respeitando a vida das comunidades e o potencial para os negócios”.
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