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Moda, cultura e empreendedorismo: trajetória de criadores da Amazônia em destaque na COP 30

Espaço foi aberto no painel ”Moda Amazônica futuro sustentáveis para pequenos negócios”, no Espaço Sebrae na Green Zone
Por Redação
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O Espaço Sebrae, na Green Zone, reuniu empreendedores da área criativa em um painel sobre moda sustentável e empreendedorismo durante a COP 30. O encontro destacou como o apoio técnico e a inovação em gestão têm impulsionado empreendedores criativos da Amazônia, fortalecendo a economia criativa no estado.

A curadora Lorena Furtado relembrou o início de sua trajetória empreendedora, marcada inicialmente pela intuição. “Comecei há dez anos sozinha, sem saber muito bem o que estava fazendo. O projeto foi crescendo de forma orgânica e natural”, conta. Com o aumento da demanda, ela buscou apoio para profissionalizar processos e ampliar a atuação. “Foi aí que entrou o Sebrae. Ele me deu direção para transformar meu negócio em MEI, me orientou com relação ao branding (marca), registro de marca e, principalmente, na gestão financeira. O Sebrae está caminhando do meu lado.”

A gerente de projetos estratégicos do Sebrae no Pará, Bruna Siqueira, reforçou que o papel da instituição é justamente oferecer suporte em todas as etapas da jornada empreendedora, desde a ideia inicial até a consolidação no mercado. “O Sebrae tem um leque imenso de iniciativas para apoiar os micros e pequenos negócios. Então, esses cases que foram apresentados hoje são só alguns exemplos”, afirmou.

Entre as ações destacadas estão o Portal de Ideias de Negócios, que auxilia quem deseja empreender, e as lojas colaborativas, como os espaços instalados no estande do Sebrae e na Taberna Amazônica, que abrem portas para criadores locais apresentarem seus produtos a novos públicos.

Um desses criadores é o estilista Marco Normando, diretor criativo da marca Normando, que hoje ocupa posição de destaque na moda amazônica contemporânea. Ele lembra que o Sebrae esteve presente desde o início da carreira, quando buscava orientação para estruturar o negócio. “Quando a gente é criativo, nem sempre tem esse olhar administrativo. Os cursos do Sebrae nos deram o suporte que faltava”, disse.

O diretor criativo da Normando, Emídio Contente, reforçou no painel que a formalização é um passo essencial para que negócios criativos possam crescer e serem levados a sério pelo mercado. Para ele, emitir nota fiscal, registrar a marca e estruturar o CNPJ são ações que mudam a percepção sobre o trabalho criativo. “A formalização transforma em certeza aquilo que às vezes estamos apenas tateando. E traz segurança em vários aspectos”, afirmou.

O painel evidenciou como a moda produzida na Amazônia tem alcançado novos mercados sem perder suas raízes culturais – e como o Sebrae/PA tem sido peça-chave para garantir que essas trajetórias sejam sustentáveis, competitivas e financeiramente sólidas. Entre as mentorias, capacitações, consultorias e vitrines colaborativas, a instituição reafirma seu compromisso com o fortalecimento da economia criativa e a valorização da identidade amazônica.

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