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Jovens artesãos empreendem e estimulam o ofício

No Espaço Cultural Aurora em Saturno, em Abaetetuba, eles ensinam a outros jovens o tradicional artesanato de miriti
Por Ana Tereza LeaL
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De acordo com pesquisa do Sebrae no Pará, o estado é um dos que apresenta os maiores percentuais de jovens que empreendem. O percentual de pessoas dessa faixa etária que possuem o seu próprio negócio, em relação à população jovem total, é de 15,7%. Já em relação à população em idade de trabalhar, acima de 14 anos, esse percentual sobe para 20%. O Pará fica atrás apenas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Um desses jovens empreendedores é Brendo Guia (29), artesão de Abaetetuba, no Nordeste do estado. Ele é formado em Biologia e chegou a dar aulas em um cursinho comunitário. Porém, com a pandemia, ficou sem muitas opções de trabalho e resolveu, então, aprender o tradicional artesanato de miriti com um mestre local.

“Parou todas as atividades e eu fiquei eu fiquei trancado em casa. Então, eu comecei a fazer trabalhos manuais, comecei a fazer biojoias e joias artesanais com sementes, que inclusive é o que eu trabalho hoje em dia”, relata o empreendedor. Até essa quarta-feira (15), o público em geral poderá conferir o trabalho de Brendo na 13ª Feira de Artesanato do Círio, no Parque Urbano Belém Porto Futuro.

Hoje em dia, além de um orgulho, o artesanato se tornou o seu principal ofício. E, mais que isso, um ideal de vida. No Espaço Cultural Aurora em Saturno, que existe há mais de cinco anos, ele e alguns amigos repassam as técnicas do artesanato a outros jovens abaetetubenses, ajudando-os a terem uma profissão.

“A gente aproveita as habilidades que eles têm com pintura, com artesanato para fazermos mais trabalhos lá no espaço. Mas a gente acaba preservando a individualidade de cada um, por exemplo, cada um deles tem o seu o seu próprio negócio”, diz.

Atualmente, a sua principal renda é o artesanato e compara a renda atual à de professor: “Eu penso que é parecido, só que eu tenho mais qualidade de vida hoje em dia e isso não tem preço”, revela Brendo. “Hoje em dia, sou artesão de miriti e eu percebo que eu tenho, na verdade, como missão levar essa arte que é tão linda para o mundo”, conclui.

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