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Casa Pará leva arte e cultura nortista ao público da En-Zone na COP30

Espaço de empreendedorismo coordenado pelo Sebrae Pará funciona no Porto Futuro até 21 de novembro
Por Da Redação
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A Casa Pará é um dos espaços que integram a En-zone, área de empreendedorismo coordenada pelo Sebrae no Pará dentro da programação da COP30. Com 500 m², o projeto traz pela primeira vez ao público do Pará uma vasta programação com exposições, performances, rodas de conversa e encontros com artistas da região, mostrando o universo criativo e estabelecendo um diálogo entre as tradições amazônicas e o design contemporâneo. A abertura oficial contou com a presença do presidente do Sebrae nacional, Décio Lima, e do diretor do Sebrae no Pará, Rubens Magno.

Paralela a outras iniciativas que vão mostrar o potencial do empreendedorismo brasileiro para o mundo, a Casa Pará faz uma síntese da cultura amazônica, promovendo um encontro entre tradição e contemporaneidade traduzido em espaços como o pavilhão de miriti, desenvolvido pela Guá Arquitetura, e o Atelier Miriti sustentabilidade, estrutura que já integrou a Bienal Internacional de Arquitetura.

“Empreender é transformar um sonho em realidade. E nós vivemos isso verdadeiramente aqui, ao tornar real o sonho de dar voz aos negócios do Brasil durante uma COP. Lutamos muito para ver isso acontecer, e eu fico muito feliz, porque a gente precisa cada vez mais fortalecer os pequenos empreendimentos e dar voz a quem enfrenta esse desafio, para o mundo saber que aqui existem empresários que cuidam da Amazônia. Esse espaço é a culminância de um projeto grande e lindo. Agora é fazer com que as pessoas de fora venham, aproveitem e consigam entender a alma das pessoas da Amazônia”, disse Rubens Magno.

Rubens Magno fala para o público na abertura da Casa Pará da En-Zone

Na Casa Pará também estão expostas obras dos artistas Éder Oliveira, Erica Saraiva, Marinaldo Santos e da fotógrafa Walda Marques, além de peças de mestres do miriti e da carpintaria paraense. A loja Ciriando, marca sazonal que valoriza símbolos da cultura local, também integra o espaço. Diariamente, das 17h às 19h, o público poderá participar de palestras e debates.

Visita guiada

O historiador Michel Pinho foi convidado a conduzir visitas comentadas que relacionam a história de Belém à mostra. “A Casa Pará traz um elemento muito importante que é mostrar a diversidade. E essa diversidade ganha muita força quando você tem a arte a favor desse processo histórico. Aqui você tem a população negra original, indígena, você tem a formação de uma arte urbana, de uma arte rural, da tradição alimentar, da moda. Isso é fundamental para mostrar quem nós somos. Quando você traz a sua referência cotidiana de memória, da infância, isso faz com que você reflita sobre o espaço em que você vive”, diz.

Durante a programação de abertura da Casa Pará, Michel convidou o público que o segue nas redes sociais a conferir a exposição e deu uma verdadeira aula de iconogrfafia. “A arte contemporânea traz um item fundamental que é a provocação. Trazer artistas contemporâneos para um espaço popular é provocar a nossa identidade, provocar a nossa história. A cultura paraense sempre teve espaço no cenário nacional, o que nós temos agora é uma potencialidade alavancada pela COP30 para mostrar tudo isso e fazer com que chegue a regiões onde nunca chegou”, defende.

A En-Zone é uma realização do Sebrae/PA, tem a operadora Claro como parceira de conectividade, patrocínio da Hydro e Sicredi e apoio institucional da Prefeitura de Belém, Governo do Pará e Governo Federal.

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