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Acessórios da moda com identidade marajoara geram renda na ilha

Bolsas, calçados, chinelos, cintos e sandálias são alguns dos itens vendidos no espaço
Por Redação
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Em Soure, município da Ilha do Marajó, o empreendedor Antenor Penante trabalha com produtos feitos do couro de búfalo, dando seguimento a um trabalho desenvolvido há quatro gerações pela família. Porta bebidas, bolsas, calçados, bainha de faca, chinelos, cintos e sandálias são alguns dos itens comercializados no Curtume, ponto de parada obrigatória para os turistas que visitam a cidade.

A bubalinocultura é uma tradição do arquipélago paraense e o empreendimento da família Penante, a Curtume Art Couro Marajó, recebe visitas de pessoas de distintos lugares do Brasil e do mundo. “É um ofício que existe há aproximadamente 205 anos, trabalho desde criança com o meu pai”.

Antenor explica que gosta de receber as pessoas no local e proporcionar uma boa experiência aos visitantes. “Queremos contar a nossa história, sobre o nosso trabalho, para as pessoas que vêm até aqui, o visitante fica sabendo como funcionamos. Nossos produtos se diferenciam por serem produzidos de forma natural, sem químicas”, afirma.

O empreendedor explica que o turismo impulsiona os negócios e representa grande parte das vendas do local. “Costumamos receber uma boa quantidade de turistas, especialmente no mês de julho”.

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Confecção

O empresário ressalta que o couro de búfalo difere do couro de boi, sendo mais grosso e que os animais utilizados para confecção dos produtos são os de pequeno porte, que pesam até 400 kg. “O couro do búfalo pode ser utilizado até como instrumento musical”, afirma.

O trabalho, realizado de modo artesanal demora em torno de três meses para ficar pronto. Dois meses e meio é o tempo aproximado para tratar o couro em si e as produções artesanais, confeccionadas pelo artesão do local, costumam ficar prontas em um período entre duas e três semanas.

Existe um processo de desidratação do material, em que o couro de búfalo é conservado em um recipiente com sal. Em seguida o excesso de sal é retirado e o pelo e a carne precisam ser enfraquecidos para restar somente o couro e, depois de secar, se transformar no couro cru.

A pigmentação, fase posterior, dura aproximadamente 45 dias, quando, logo em seguida, ocorre o processo para amaciar o couro e, em seguida, ir para a mão do artesão, que confecciona os distintos produtos.

Os calçados feitos de couro de búfalo, por exemplo, também são revestidos por borracha e pneu de bicicleta. Também são forrados com tecido para dar mais conforto aos pés.

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Oportunidades

O empresário afirma que a aproximação com o Sebrae permitiu boas oportunidades profissionais. “O Sebrae nos dá um grande apoio, fizemos cursos, estamos nos aproximando cada vez mais. Me forneceu conhecimento e a possibilidade de interagir melhor com os visitantes”, destaca.

Outro aspecto ressaltado por Antenor é a possibilidade de participar de eventos e lidar com públicos de outros locais, “Participar dos eventos promovidos pelo Sebrae permite levar nosso negócio até outras pessoas”.

Antenor destaca que a participação em eventos por meio da instituição permitiu maior visibilidade ao negócio familiar. “Já recebemos visitantes que se interessaram pelo nosso negócio devido a essas participações”, pontua.

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