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Costureiras do Marajó são capacitadas e mantêm tradição do bordado marajoara

Por Jecyone Pinheiro
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Os primeiros resultados do trabalho que vem sendo desenvolvido no Polo de Moda Marajó, criado em 2023, puderam ser vistos em três desfiles que ocorreram até agora em Soure, Belém e Cachoeira do Arari. As peças exibidas são inspiradas no grafismo marajoara, muito utilizado nas camisas típicas da região, produto que atravessa o tempo graças ao talento de bordadeiras desse traço característico da cultura da ilha.

O Coletivo Moda Marajó, comandado pelo grupo de mulheres que participam do projeto do Polo de Moda do Marajó juntamente com as marcas Madame Floresta, Cañybó, Art’Genuina, Seiva Amazon Design, Isabela Sales Design, Mãos Caruanas, Val Valadares, Amazônia Zen e Ná Figueredo – marcas autorais de Soure e Belém que apresentaram suas produções no Desfile.

A arte marajoara

De acordo com Josie Lima, diretora do Instituto Caruanas do Marajó e designer da empresa Mãos Caruanas, a iconografia marajoara teve o poder de reconstruir a história de um povo mesmo após a sua extinção.
“A iconografia marajoara foi capaz de trazer todas as informações possíveis da sociedade. Por meio da cerâmica, por exemplo, foi possível descobrir hábitos de caça, organização social, rituais funerários sofisticados, animais mitológicos de poder e técnicas ceramistas que até hoje são utilizadas. Trata-se de uma cerâmica interativa e uma iconografia extremamente complexa, carregada de significados”.
São quase 4 mil anos de ocupação na ilha, classificadas em cinco fases de acordo com a produção ceramista: Ananatuba, Formiga, Mangueiras, Marajoara e Aruã. A fase mais rica da ocupação desta civilização foi a fase Marajoara que durou de 350 a 1350 D.C.