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Empreender por meio um negócio sustentável sempre foi a vontade da empresária paraense Thainara Vasconcelos, de 23 anos, fundadora da startup Dinam (Diamante Negro da Amazônia), criada em 2021, no município de Parauapebas, sudeste paraense, por meio do programa Inova Up. Com foco na produção de pimenta-do-reino sustentável, a microempresa fornece produtos de qualidade, produzidos por agricultores da região, com objetivo de promover a sustentabilidade ambiental e econômica.

Segundo a empresária, em 2021, surgiu a oportunidade de participar de um programa de apoio ao empreendedorismo, chamado Inova UP. “Resolvi me inscrever, com apoio da minha irmã, Thayse Vasconcelos. Como era no período da pandemia, o programa foi todo feito online. No programa, percebi que o meu caminho no empreendedorismo estava voltado para negócios de impacto positivo, desde então temos nós dedicado ao desenvolvimento da Amazônia”, explica ela, que conduz o negócio com a ajuda da irmã.

Sempre quis ter meu próprio negócio, mas não tinha esse exemplo na minha família, então sempre foi algo distante. Thainara Vasconcelos,empreendedora

Thainara conta que a ideia da startup é garantir crescimento econômico, de maneira justa e sustentável, para os agricultores da região. A microempresa é pioneira na produção de pimenta-do-reino sustentável na região de Parauapebas, e utiliza o método de tutor vivo, que consiste em plantar a pimenteira junto a árvore gliricídia, gerando benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a produção.

“O objetivo da Dinam é atuar em toda a cadeia produtiva. Nosso impacto social está ligado a optamos por trabalharmos diretamente com os produtores locais aqui da Amazônia, oferecendo suporte técnico e treinamentos para esses produtores adorarem práticas agrícolas sustentáveis. Isso não só melhora a qualidade do produto, mas também aumenta a renda e a qualidade de vida das famílias produtoras. No fim, posso resumir que nosso impacto social é sobre capacitar pessoas, proteger as florestas e garantir que o crescimento econômico seja compartilhar de maneira justa e sustentável”, explica.

Atualmente, a startup está em fase de captação de recursos para implantar 30 SAFs (Sistemas Agroflorestais) com pimenta até 2026, com ajuda de diversos parceiros desde iniciativas públicas até privadas. A ideia é impactar até 30 famílias, já que hoje somente dois produtores parceiros fornecem os grãos da linha de condimentos. Além disso, a startup criou uma linha de condimentos com base na pimenta do reino sustentável em grãos e em pó, em embalagens práticas e reutilizáveis.

Os produtos da empresa são comercializados em feiras e eventos de economia criativa, mas nos próximos meses a ideia é comercializá-los pela internet. A microempresa também aceita pedidos locais pelas redes sociais.

Entre as principais conquistas da startup nesses quatro anos estão: implantação do primeiro pimental sustentável da Região de Carajás; lançamento da linha de condimentos; top 1000 Prêmio Sebrae Startups 2024, entre 17 empresas paraenses no ranking; e empresa selecionada pelo Grupo Amazônia ao Cubo.

Ajuda para crescer

Thainara ressalta que a parceria com o Sebrae/PA foi fundamental para o sucesso do negócio, que foi formalizado em 2022.

“Nosso primeiro contato com o Sebrae foi em 2022 com a construção do nosso plano de negócio no PNBOX, que é uma plataforma completa. Para nós, que estamos começando, isso nos ajudou a definir desde qual o problema resolvermos até qual mercado iríamos atuar. Além disso, também fizemos um curso sobre Gestão Financeira, que foi essencial para organizar as finanças do negócio, e principalmente, precificar corretamente nossos produtos”, destaca.

Segundo a empresária, com o poio da entidade ela também organiza as finanças da empresa. “Usamos, mensalmente, a plataforma do Sebrae para emissão das nossas notas fiscais, e isso tem ajudado muito no nosso negócio”, frisa a empreendedora, que também recebe consultorias do Sebrae/PA.

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