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A artesã Dorielma trabalha com o miriti há 40 anos e sonha em ter seu próprio ponto de venda em Abaetetuba
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O artesanato de miriti está diretamente associado às festividades do Círio de Nazaré, seja como brinquedo para crianças ou item de decoração para os adultos. Na Feira de Artesanato do Círio (FAC), a fibra da palmeira está presente em forma de barcos, aves, pássaros, cobras, casinhas, santuários, cruzes e luminárias.

Dorielma Carvalho trabalha com miriti há 40 anos e explica que a palmeira se mistura com sua própria história. “O miriti é minha vida. Cada peça que a gente constrói, que a gente pinta, que a gente cola, é uma satisfação enorme. Na verdade, é uma brincadeira. Quando criança, fazíamos bonecas com o material porque nossos pais não podiam comprar”.

A artesã explica que participa da Feira há muitos anos e que o evento lhe possibilita visibilidade e geração de negócios futuros. “Já fechamos negócios para o final do mês e outras pessoas já pediram encomendas de cestas para o Natal”, pontua.

No estande de Dorielma há berlindas, barcos, dançarinos, casinhas, promesseiros, cruz, Cristo em miriti, pagadores de promessa, entre outros produtos.

Os planos de Dorielma para o futuro incluem um ponto físico e a possibilidade de expandir os negócios. “O miriti é a minha paixão, futuramente o que desejo é ter uma loja dentro de Abaetetuba. É meu sonho e do marido, que trabalha comigo”, finaliza

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Mais do que um brinquedo

Além produzir e comercializar brinquedos de miriti, a artesã de Abaetetuba Cleidiane Gomes quer fazer um resgate da cultura que é um símbolo do município. “Sempre fui apaixonada pelo artesanato de miriti, e por tudo que envolve isso. No colegial, pude aprender mais sobre a cultura da nossa querida Abaetetuba, e me apaixonei”, explica a empreendedora, que iniciou o trabalho com artesanato quando conheceu o marido, que já era artesão.

Participar da Feira de Artesanato do Círio, segundo ela, é levar o ofício a outro patamar. “A FAC não nos ajuda só no lado financeiro, mas no reconhecimento, ela nos abre as portas. Podemos apresentar nossos produtos para um público de fora”, pontua.

Para Cleidiane, o miriti não é apenas um brinquedo, mas um instrumento que ajuda na função cognitiva. “Esses brinquedos tradicionais ajudam na coordenação motora. Muitos não conhecem, devido a tecnologia, por isso é bom levar esse artesanato pra as escolas, fazer esse resgate”.

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Experiência

A estudante do curso de Licenciatura Integrada em Educação em Ciências, Matemática e Linguagens, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Karina Leite, esteve presente na FAC pela primeira vez, para a realização de um plano de ensino no tema de Estágio temático.

Karina conheceu de perto a cultura de miriti por meio dos artesãos de Abaetetuba. A experiência da estudante foi positiva e ela ressalta a singularidade da expressão artística. “Achamos bem interessantes, porque são produtos nossos que muitas vezes não sabemos da história, do valor que tem. Não é só cultura que envolve, mas envolve a sustentação do povo, o seu ganha pão”

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