Fomentar a base conceitual do artesanato brasileiro e debater temas de interesse de artesãos foi o objetivo de ume evento realizado nessa terça-feira (14), na sede do Sebrae no Pará, em Belém. O encontro reuniu artesãos de Belém, Salvaterra e Abaetetuba e ocorreu como parte das comemorações pelo Dia do Artesão, comemorado no próximo domingo (19) e já em preparação para a Feira de Artesanato do Círio (FAC), que ocorre no mês de outubro.
Três palestras integraram a programação do evento. Dorotea Naddeo, que é consultora em políticas públicas para o desenvolvimento do artesanato brasileiro, falou sobre “O presente e o futuro do artesanato e do artesão brasileiro”. Na conversa, Dorotea falou do ecossistema e diagnóstico e políticas para o artesanato, padronização da atuação do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e o histórico da construção da base conceitual.
“Essa atividade que o Sebrae está promovendo é importante, pois dá acesso a informações sobre o diagnóstico que o Programa do Artesanato Brasileiro realizou. A partir dele, vai começar a ser discutido um aperfeiçoamento das políticas pro artesanato”, destaca Dorotea.
A presidente da Confederação Nacional dos Artesãos do Brasil, Márcia Oliveira, falou sobre a “a importância da Confederação e da federação para o artesanato paraense; e Sílvia Reis, que é coordenadora da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) conduziu a palestra “PAB – Programa do Artesanato Brasileiro”, quando foram discutidas questões como a importância da Carteira Nacional do Artesão, legislação específica para o artesanato e políticas públicas para a categoria.
“O artesanato é um dos segmentos prioritários de atuação do Sebrae no Pará. Temos um trabalho que envolve capacitação técnica e de gestão, de acordo com as necessidades de cada um, além de ações de abertura de mercado, dando visibilidade e criando oportunidades de negócios”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.
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A artesã Francione Serra ressaltou a importância da iniciativa. “O evento mostrou o quanto é grandioso o trabalho do artesão, o quanto temos também que aprender e evoluir. O Sebrae incorpora essa oportunidade de aprendizado, coisas que nós não sabíamos”, destaca.
Elizabeth Sousa faz parte da Associação Educativa Rural e Artesanal da Vila de Joanes (AERAJ), que produz peças com matéria-prima sustentável, como vassoura do açaí, vinil encapado e reaproveitamento de madeira. A artesã falou sobre o diferencial do produto feito na Amazônia e as oportunidades. “A gente vem de uma região onde a cultura é um diferencial. É urgente se conscientizar da nossa importância como artesão dentro desse aspecto social em que vivemos agora”, frisa.
No Pará existem em torno de quatro mil artesãos cadastrados no PAB, em diferentes tipologias, como cerâmica, miriti, fibras e balatas.
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