Estudantes de todos os estados do Brasil e do DF estão em Belém para participar da disputa final da 3ª Edição do Desafio Liga Jovem (DLJ). A fase final, na qual as equipes apresentam seus projetos para uma banca de especialistas em inovação e empreendedorismo, ocorre no Hotel Grand Mercury, no centro da capital, entre os dias 30 de novembro e 02 de dezembro, com a participação de 81 equipes e 376 participantes (entre alunos e professores orientadores) de todo o Brasil. O resultado será divulgado nesta terça (02), ao final das apresentações.
“Esse é uma importante premiação em que os estudantes e os professores buscam soluções para problemas em suas comunidades, inclusive com equipes do nosso estado. Dessa maneira, o nosso principal objetivo é cada vez mais colocar à luz da educação a importância do empreendedorismo, que traz muitas soluções para a comunidade por meio das escolas”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.
Entre os finalistas há três equipes do Pará, cada uma delas compete em uma das três categorias da competição (Ensino Fundamental, Médio/Técnico e Superior). Todas as equipes paraenses se apresentaram nesta segunda-feira (01), com projetos dedicados a reduzir o descarte irregular de entulhos das obras urbanas, a aproveitar o óleo de cozinha e a casca de manga para produção de sabão ecológico e também a promover o empreendedorismo de jovens com a produção de peças a partir de materiais naturais, como biojoias.
A equipe EcoSabão Jovem, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João Carlos Batista, de Ananindeua, apresentou o projeto EcoManguita, que consiste na produção de sabão ecológico, a partir do reaproveitamento de óleo de cozinha usado e da casca de manga. A iniciativa surgiu há dois anos e ganhou força após a participação em oficinas promovidas pelo Sebrae no Pará.
“Nós aprendemos como tirar o projeto do papel e transformar em algo real, em que as pessoas pudessem sentir alguma diferença. Então, dessa maneira, já estamos produzindo e apresentando o sabão na nossa escola e comunidade”, conta a estudante Estefany Macedo. Em um momento em que a educação ambiental ganha espaço nos currículos escolares e a COP30 realizada em Belém, o projeto reforça a importância de soluções práticas e locais para desafios globais.
As outras equipes paraenses finalistas foram NextEvo, do Centro Universitário do Estado do Pará, com o projeto Desentulhaê, que concorreu na categoria Ensino Superior. A ideia é conectar quem tem entulho de obra a quem quer reaproveitá-lo, reduzindo o descarte irregular. Já a EEEF Dr. Aníbal Duarte foi representada pela equipe Biojoias da Amazônia, que apresentou projeto homônimo. Os alunos transformam materiais naturais em peças criativas, aprendendo a valorizar o meio ambiente e a desenvolver habilidades para gerar renda e oportunidades futuras.
Promovido pelo Sebrae, o DLJ é a maior competição nacional estudantil de empreendedorismo de impacto social e ambiental. Os finalistas já receberam vale-compras de 500 reais e estão participando de uma experiência única de 6 dias pela sede da COP30, que inclui intercâmbio entre os estudantes, visitas a locais históricos de Belém e a defesa presencial de suas ideias, nas bancas finais.
Já os vencedores nacionais de cada categoria (Ensino Fundamental, Médio/Técnico e Superior) ganham uma viagem internacional de até dez dias a um país que ofereça centros tecnológicos de referência. Os segundos colocados ganham notebooks e os terceiros, levarão para casa smartphones. Também haverá o reconhecimento de honra ao mérito, que receberão smartphones e certificados.
Mais sobre o Desafio Liga Jovem
Essa edição registrou recorde de 62.276 estudantes inscritos, superando as 54.016 inscrições de 2024. O salto também aparece no número de projetos entregues: foram mais de 5 mil projetos de inovação social submetidos nesta edição, contra mais de 3 mil em 2024, um crescimento de 60%. No Pará, foram 1.358 inscritos e 141 instituições de ensino participantes em 2025.
Voltado a alunos do 8º ano do Ensino Fundamental até a Educação Superior, a iniciativa desafia os participantes a desenvolverem soluções criativas e de impacto social para problemas da escola ou da comunidade, tendo a tecnologia como aliada (analógica ou digital). As propostas vão desde aplicativos, jogos e plataformas digitais até produtos físicos inovadores e metodologias sustentáveis.

