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Segunda edição do livro “Letras Q Flutuam” é lançada na Casa Pará

Publicação reúne imagens e depoimentos de mestres que mantêm tradição ribeirinha
Por Da Redação
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A terça-feira (18) foi de celebração da cultura ribeirinha dentro da Casa Pará, na En-Zone, a Zona do Empreendedorismo do Sebrae no Pará durante a COP30, em Belém. Durante o lançamento da segunda edição do livro “Letras Q Flutuam”, da pesquisadora Fernanda Martins, o diretor-superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno, enalteceu a publicação. “Essas letras têm muita representatividade, é um movimento ancestral, eu sou um grande admirador desse trabalho”, disse.

Rubens Magno falou da contribuição da En-Zone aos pequenos negócios do Estado e adiantou que o Sebrae/PA pretende exportar a ideia. “Nosso objetivo foi fixar na página da ONU uma zona em que os empreendedores pudessem falar. Inclusive, nós teremos reunião com o pessoal da Austrália, que possivelmente sediará a COP, porque nós queremos exportar essa ideia, pra que em todos os países a gente tenha uma Zona do Empreendedorismo”, adiantou ele.

Secretaria de Estado de Cultura, Úrsula Vidal, destacou as experiências oferecidas ao público da COP 30 pelo Sebrae/PA, que deu suporte aos empreendedores locais para este momento. “O Sebrae, sempre muito visionário, preparou esse setor, qualificando o trabalho desses empreendedores, mas também montando espaços maravilhosos pra que essas pessoas tenham uma oportunidade de fazer negócios, além de redes de relacionamento com outros empreendedores”, disse ela.

Livro “Letras Q Flutuam”, de Fernanda Martins. Foto: Jader Paes.

A secretária de Cultura definiu a publicação lançada ontem como “um livro-pincel, um livro-maré”. “Ele é um livro que nos significa porque são as nossas histórias, o texto traz depoimentos desses abridores de letras. É a Amazônia por quem vive, faz e simboliza essa nossa Amazônia das águas. Parabéns, Sebrae, gratidão por essa parceria linda! Estamos muito felizes de celebrar essa parceria com o Sebrae, oferecendo uma nova edição desse livro”, disse ela, que manifestou o desejo de ter a Casa Pará na Feira de Artesanato do Círio (FAC) em 2026.

A autora Fernanda Martins falou da pesquisa que começou há mais de duas décadas e da admiração pela tradição ribeirinha. “Quando eu cheguei e vi a primeira letra de barco eu vi que aquilo era uma manifestação especial. E muito mais especial se tornou quando eu entendi que ela só acontecia ao longo do rio Amazonas e Tocantins. É o barco que leva essa letra de um município ao outro e faz com que um ribeirinho aqui, outro ribeirinho ali, se inspire”. A pesquisadora também agradeceu ao Sebrae/PA e afirmou que este é um “grande marco de colaboração” com o Instituto Letras que Flutuam.

Natália Gomes acompanhou o lançamento do livro, a exibição do filme “Letras que Flutuam” e estava a caminho do passeio guiado pelo historiador Michel Pinho pela Casa Pará. “Eu, enquanto paraense, fico feliz de ver toda essa programação. A En-Zone está maravilhosa!”, afirmou.

Também participaram do evento a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal; a diretora técnica do Sebrae/PA, Domingas Ribeiro; a autora do livro, que fez uma sessão de autógrafos; e a mestra Regiane Araújo, abridora de letras de Ponta de Pedras que fez uma demonstração ao vivo.

A Casa Pará oferece programação variada até 21 de novembro, na En-Zone, que é uma realização do Sebrae/PA e que tem a Claro Empresas como parceira de conectividade, patrocínio da Hydro e Sicredi e apoio institucional da Prefeitura de Belém, Governo do Pará e Governo Federal. O espaço funcionara de 17h às 23h, com entrada gratuita.

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