Na En-Zone, a Zona de Empreendedorismo do Sebrae no Pará, a Loja Brasil Biomarket traz um empreendimento sustentável do estado do Mato Grosso do Sul. São mochilas, bolsas e nécessaires produzidos por uma empreendedora que apostou na reutilização de malotes dos Correios. Os produtos iriam para o lixo, mas foram reaproveitados e transformados em lindos acessórios.
A produção carrega a identidade da região em meio a COP30, em Belém, com figuras como capivaras, jacarés e ararás, animais típicos daquele bioma. A produção contou com mais de 150 peças bordadas a mão produzidas por meio de uma parceria entre a ONG brasileira Moinho Cultural e a artesã Lucienne Lopes, com o apoio do Sebrae Mato Grosso do Sul.
Segundo Lucienne, proprietária da Lú Lopes Ateliê, os produtos representam sua jornada, que começou em 2008 quando ela aprendeu a produzir os acessórios a partir dos malotes em oficinas. Ela conta que a partir da mudança para a cidade de Campo Grande, passou a utilizar a identidade local em suas obras. “Onça, Tamanduá, e até a Anta, nós colocamos nos bordados. É uma peça bem durável, que não estraga fácil e apresenta uma durabilidade muito grande. Foi tudo feito com muito carinho”, conta ela.
A empreendedora conta que está feliz em ver seus produtos na Loja Brasil Biomarket, em Belém, no espaço da En-Zone, por onde milhares de visitantes passarão até o dia 21 , durante a COP30. “Está sendo tão gratificante e a minha gratidão pelo Sebrae é imensa, principalmente por ter me dado essa oportunidade, por ter me permitido levar meus produtos até a COP 30”, finaliza Lucienne.

Bioeconomia em pauta
A Loja Brasil BioMarket reúne 250 pequenos negócios de todos os biomas de 21 estados do país e mais o Distrito Federal, com destaque para 105 marcas do Pará, que estão entre os empreendimentos selecionados para representar o empreendedorismo sustentável da região amazônica. A loja apresenta itens como acessórios pessoais, artesanatos, biojóias, biocosméticos, moda autoral, alimentos e bebidas.
“Eles contam com apoio como consultorias, cursos e capacitações, além de orientações técnicas do Sebrae, tudo para que estejam aptos para o mercado”, ressalta o gerente da Unidade de Relacionamento Empresarial do Sebrae Pará, Antônio Romero, sobre a participação dos empreendedores.
“A loja observa muito essa característica dos biomas, não é toa que estamos em uma COP falando muito sobre o tema da sustentabilidade, mas acima de tudo, trazendo o que esses pequenos negócios têm de grande diferencial que é a bioeconomia”, finaliza Romero.

