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Painel no Espaço Sebrae na Green Zone destaca protagonismo infantil na educação climática

Evento reuniu educadoras e jovens em torno do papel da educação como ferramenta de ação climática e formação cidadã
Por Redação
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Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), o Espaço Sebrae na Green Zone recebeu, no dia 13 de novembro, o painel “Infância, Educação e Clima: protagonismo das crianças pela sustentabilidade”, que reuniu educadoras e crianças para discutir o papel da educação como eixo central da ação climática.

O debate ressaltou que a educação é a base de qualquer transformação social e ambiental, capaz de formar consciência ecológica, cidadania ativa e compromisso coletivo. A mediação ficou por conta da pedagoga, intérprete de Libras e guia de turismo, Raquel Ferreira, que conduziu uma conversa marcada pela troca de experiências e inspiração.

Participaram do painel Cláudia Okamoto, fundadora da Plantare – Educação Ambiental e educadora ambiental; Rita Melém, vice-presidente da Academia de Letras de Belém; as escritoras mirins e embaixadoras da paz em Belém, Elis e Maitê Nunes; e Cristina Arruda, assessora pedagógica da Coordenação de Educação Ambiental da Secretaria de Educação do Pará (Seduc). Todas destacaram o papel das escolas e dos educadores como mediadores entre o conhecimento científico e a vivência cotidiana das crianças.

Okamoto trouxe o conceito de letramento ambiental, explicando que alfabetizar sobre os temas de sustentabilidade é essencial para que assuntos como resíduos, mudanças climáticas e cidadania ambiental sejam compreendidos de forma crítica e prática. “As crianças têm um papel inspirador e nos lembram por que precisamos seguir lutando. Elas nos empurram para frente”, afirmou.

A professora Rita Melém apresentou a experiência da Biblioteca Comunitária Itinerante Bombom Ler, reconhecida como ponto de cultura no bairro da Marambaia. O projeto começou com um carrinho de feira grafitado, que levava livros para praças e escolas de bairros periféricos de Belém, e hoje se tornou referência na democratização do acesso à leitura. “A literatura infantil é para crianças de todas as idades. Acreditamos no poder transformador da leitura e na importância de ver o livro como um bem cultural, não apenas de consumo”, destacou. O lema da iniciativa, inspirado em uma ciranda popular de Mestre Siba, foi lembrado com emoção: “Toda vez que eu leio um livro, o mundo sai do lugar.”

O painel também contou com a participação de jovens embaixadores da paz, que compartilharam suas produções literárias e experiências como autores mirins. Entre as histórias apresentadas estavam narrativas sobre amizade, cuidado com o meio ambiente e valorização das profissões que constroem o futuro. Segundo Ellis e Maitê, o incentivo dos pais e a rotina de leitura desde muito cedo foi primordial para a carreira delas como escritoras.

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