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“Moeda Verde” vai fomentar reciclagem no Baixo Amazonas

Com a moeda, os resíduos recicláveis passam a ter valor de troca. A iniciativa do Sebrae faz parte do Projeto Pró-catadores
Por Redação
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O Sebrae Pará deu início ao projeto piloto da Moeda Verde, iniciativa que integra ações de educação ambiental, valorização dos catadores e incentivo aos pequenos negócios nos municípios de Santarém e Belterra, na região do Baixo Amazonas. A proposta faz parte do Projeto Pró-Catadores, que é desenvolvido pelo Sebrae e, no Pará, envolve a capacitação de 300 catadores e 10 cooperativas durante o ano de 2025.

De acordo com o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, a Moeda Verde funcionará como um incentivo direto para a população separar corretamente o lixo reciclável. O material será destinado às cooperativas locais, e, em troca, os moradores receberão créditos para utilizar no comércio do município.

“A ideia é negociar com o poder público e parceiros locais para que a Moeda Verde possa gerar benefício para todos, valorizar os catadores, promover a conscientização ambiental e movimentar os pequenos negócios”, explica.

Sebrae desenvolve projeto Pró-catadores para levar visão empreendedora para cooperados.

Com a Moeda Verde, os resíduos recicláveis passarão a ter valor de troca. A população que separar o lixo de forma adequada e entregar o material preparado para triagem receberá a moeda social, que poderá ser utilizada de duas maneiras, já em negociação, em estabelecimentos do comércio local ou na aquisição de alimentos da agricultura familiar, como produtos orgânicos.

“A moeda social atua dentro do conceito da sustentabilidade. O Sebrae Pará aderiu ao Pró-Catadores com resultados práticos significativos, permitindo o desenvolvimento da economia circular. Um processo que envolve a reciclagem, o setor produtivo, os entes públicos e o Sebrae. O compromisso é com a inclusão e geração de renda”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Atualmente, a cooperativa de Belterra conta com 21 catadores envolvidos no trabalho de triagem do plástico e do papelão. O Sebrae oferece capacitação e apoio à organização da cooperativa, visando melhores condições de trabalho e maior eficiência na cadeia da reciclagem.

A iniciativa também busca reduzir o descarte inadequado de resíduos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e promovendo condições dignas de trabalho para os catadores. Belém também já conta com ações do Projeto Pró- Catadores, mas, na região do Baixo Amazonas, Belterra e Santarém servirão como referência piloto para a implementação da Moeda Verde.

O projeto está em fase final de ajustes com os governos municipais e que, após alinhamento das parcerias, a Moeda Verde deve entrar formalmente em circulação.

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