Mais um passo importante foi dado para o fortalecimento do ecossistema de inovação de Belém. Nessa quinta-feira (30), o Sebrae no Pará lançou o plano de trabalho e da governança da Metodologia ELI – Ecossistema Local de Inovação, que será utilizada nesse processo. O evento ocorreu na sede do Sebrae em Belém e contou com a presença de representantes das entidades e órgãos envolvidos.
A metodologia ELI é utilizada para mapeamento, diagnóstico e ativação de ecossistemas locais de inovação, conectando intenções locais com ações práticas. O principal intuito da metodologia é ativar e fortalecer o ambiente local de inovação para, assim, fomentar o surgimento e fortalecimento de pequenos negócios inovadores.
“Nós começamos esse trabalho de organizar o ambiente de inovação do município de Belém através da implementação do ELI. É uma metodologia do Sistema Sebrae, que tem como objetivo unificar os esforços de atores da inovação e um plano de trabalho único, coeso, fortalecido por meio das competências de cada um desses atores”, explica a gerente da Unidade de Sustentabilidade e Inovação do Sebrae no Pará, Renata Batista.
O diretor-superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno, destacou que quanto pessoas e instituições participarem da iniciativa, melhores serão os resultados. “Quando eu falo em inovação, é como se fosse uma competição, mas não uma competição que quem chega primeiro ganha mais. E sim quanto mais pessoas nós tivermos juntas, todo mundo ganha mais, o nosso mercado ganha mais”, diz.
A elaboração do plano de trabalho e do modelo de governança é resultado de cinco workshops realizados ao longo de 50 dias, envolvendo um grupo de aproximadamente 60 pessoas, de instituições das quatro hélices da inovação: setor produtivo, governamental, acadêmico e sociedade civil. As instituições e os órgãos participantes foram o Sebrae/PA, UFPA, UFRA, UEPA, IFPA, FAPESPA, Senac, MAPA, SERPRO, FIT, Instituto Tecnológico Vale, Fundação Guamá / PCT Guamá, Tacacode Hub / UFPA, Sistema FIEPA, empesas e startups locais.
Para Filipe Saraiva, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da UFPA, a parceria é uma oportunidade para aproximar o meio acadêmico do setor produtivo. “A UFPA tem um histórico na inovação bastante presente. Então, a ideia é que a gente consiga trazer essa contribuição acadêmica para fortalecer o ecossistema de inovação e colocar a UFPA como mais um membro para construir essa aliança com as demais organizações de Belém”, ressalta.
Já Marcelo Sá, vice-presidente da ParaTIC, destaca a importância do trabalho associativo. “Quando nós entendemos que o modelo associativista e o modelo de governança em grupo, como estamos fazendo agora, é fundamental para a gente garantir poder de decisão, somos muito maiores do que cada um individualmente”.
A partir desse lançamento, as entidades e órgãos se dividirão em grupos de trabalho, para colocar em prática os planos de ação, a fim de favorecer um ambiente de inovação cada vez mais propenso para investimentos, o desenvolvimento econômico e as novas tecnologias relacionadas à bioeconomia ou outro tipo de inovação.

