Os búfalos sempre fizeram parte da paisagem que o artesão Alessandro Pinheiro via da janela de sua casa, município de Salvaterra, na região dos campos da Ilha do Marajó. Com veia artística herdada do pai, que era pintor, o artesão descobriu suas habilidades para a esculpir e decidiu materializar em peças de cerâmica as paisagens e animais que via de sua janela.
Foi assim que há 12 anos ele decidiu levar adiante a profissão de artesão e há sete anos formalizou o seu negócio. Segundo ele, unir talento e conhecimento sobre empreendedorismo, a sua vida mudou bastante, e para melhor!
“Melhorou muito, abriu muitas portas: acesso a eventos, novos clientes, novos públicos. A formalização foi um ponto crucial para o crescimento do trabalho”, ratifica Alessandro Pinheiro.
Segundo ele, a Feira de Artesanato do Círio também é muito importante em sua trajetória como empreendedor. “Ela é uma feira de grande visibilidade para nós. Sempre é positiva o saldo da FAC, de novos contatos, venda. Então a FAC é muito relevante para nós artesãos participar”, revela o artesão, que está em sua oitava participação.
Autodidata, sua inspiração veio de sua própria região, a Ilha do Marajó, que possui o maior rebanho bubalino do Brasil. “O búfalo é um animal símbolo da ilha e surgiu da necessidade, (pois) os clientes pediam búfalos e eu comecei a fazer. Os primeiros não saíram muito bem, depois eu fui melhorando, estudando mais, observando o búfalo…”,. relembra.
Hoje, Alessandro consegue sustentar a sua família com sua arte e conta com cinco ajudantes em seu ateliê, todas treinadas por ele. Em média, eles chegam a produzir cerca de 250 esculturas de búfalo por mês. Cada peça, leva de um dia e meio (os menores) a dois dias (os maiores) para ficar pronta. Seu principal mercado é a própria Ilha de Marajó, mas também vende muitas peças em eventos e até para outros países, como o Paraguai.
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