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Palha Amazônica: doces que transformam sabores regionais em identidade cultural

Conheça a história da empreendedora Léa Ferreira, que produz doces inspirados na diversidade da floresta
Por Bruno Magno
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“Empreender é acreditar em uma ideia quando ainda é só um esboço e trabalhar todos os dias para transformá-la.” A frase ao lado traduz a trajetória da empreendedora paraense Léa Ferreira, fundadora da Palha Amazônica, um pequeno negócio que nasceu do desejo de unir tradição e qualidade em doces inspirados na rica diversidade da floresta amazônica.

Especializada em releituras da tradicional palha italiana, a marca já conquistou espaço local ao inserir ingredientes típicos do Pará, como o cupuaçu, a castanha-do-pará e o bacuri, em receitas que carregam a identidade cultural e gastronômica da região. Presente em oito pontos de Belém e um em Salinópolis, a marca entrega inovação ao produzir onze sabores regionais em receitas deliciosas.

“Meu maior objetivo sempre foi transformar um doce simples em um símbolo da nossa cultura. Sonhava que, ao provar, as pessoas sentissem não apenas o sabor, mas também a essência da Amazônia em cada mordida. Trabalhamos com diferentes versões e recheios, ideias para o consumo individual, presentes e lembranças de eventos. Além disso, oferecemos embalagens personalizadas para ocasiões especiais”, afirma a empreendedora.

Apesar do sucesso atual, o início não foi fácil. Léa começou sozinha em Belém, em um espaço pequeno, enfrentando limitações de equipamentos e o acúmulo de funções, entre compras, produção, vendas e divulgação dos produtos. O apoio do Sebrae no Pará foi decisivo para estruturar o negócio, trazendo planejamento, organização e visão estratégica.

Palha Amazônica se diferencia por práticas sustentáveis. Foto: Arquivo pessoal.

“Antes eu tinha apenas paixão e dedicação, mas muitas vezes me sentia perdida diante de tantos desafios. Hoje consigo organizar a produção, controlar custos, alcançar clientes e participar de eventos que dão visibilidade à marca. O apoio do Sebrae é fundamental, porque oferece orientação, capacitação e ferramentas que ajudam os pequenos negócios a se estruturarem melhor”, relembra ela.

Além da inovação nos sabores, a Palha Amazônica se diferencia por práticas sustentáveis e impacto social positivo: prioriza fornecedores locais, valoriza a agricultura familiar e aposta em embalagens conscientes. Atualmente, a empresa também atende pedidos por encomenda no WhatsApp, o que facilita o trabalho de produção.

Na preparação para 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), Léa acredita que sua marca terá a chance de mostrar ao mundo um retrato sofisticado e autêntico da Amazônia.

“Mais do que doces, quero levar a essência da mata e a força de quem transformou uma ideia simples em um símbolo cultural que pode atravessar fronteiras. A COP 30 será uma oportunidade única para mostrarmos a inovação e sustentabilidade dos produtos paraenses”, finaliza a empreendedora.

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