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Sebrae no Pará conclui capacitação com artesãos indígenas da etnia Anambé

Empreendedores devem expor peças na Feira de Artesanato do Círio (FAC), que será realizada em outubro
Por Bruno Magno
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Com objetivo de promover a inclusão produtiva e valorizar os saberes tradicionais por meio do empreendedorismo, o Sebrae no Pará concluiu este mês, no município de Moju, no Baixo Tocantins, uma capacitação voltada para 20 artesãos indígenas da etnia Anambé. Durante cinco meses, os indígenas receberam orientações sobre temas como precificação, divulgação e comercialização e fabricação de produtos.

“Este foi apenas o começo de uma caminhada importante de resgate e fortalecimento da cultura Anambé, promovendo o empreendedorismo, a geração de renda por meio da economia criativa e o protagonismo dessa comunidade. A partir de agora, os artesãos estarão prontos para potencializarem seu artesanato e sua cultura”, destaca Alessandra Lobo, analista técnica do Sebrae/PA, e gestora de economia criativa.

Ainda de acordo com Alessandra, a capacitação foi fruto de um diálogo entre o Sebrae/PA e representantes dos Anambé, com intuito de potencializar o artesanato indígena. Os cursos foram realizados na Aldeia pela equipe técnica do Sebrae/PA, que contou com o reforço de dois consultores contratados.

Equipe técnica do Sebrae/PA com liderança indígena. Foto: Arquivo pessoal.

Os indígenas já atuavam na produção de peças artesanais feitas a partir da matéria-prima encontrada na floresta, mas precisavam de orientações práticas para precificação, divulgação e comercialização e fabricação dos itens. Por lá, os artesãos produzem acessórios como brinco, colares, pulseiras, todas voltadas à cultura indígena dos Anambé.

Nesta quarta-feira (24), a equipe técnica da Unidade de Negócios de Impacto (UNI) esteve na aldeia para acompanhar a finalização dos trabalhos. “Durante a agenda, também orientamos os representantes da aldeia sobre como se preparar para a comercialização, incluindo dicas de comunicação e a importância das tags nos produtos, que ajudam a contar a história da aldeia por meio do artesanato”, disse a analista técnica do Sebrae/PA Anuska Prado, que esteve ao lado do gerente da unidade, Daniel Berg, e da analista Nayany Costa, durante a visita.

Ao capacitar os membros das aldeias Anambé em empreendedorismo e técnicas de gestão, o Sebrae/PA contribui para autonomia econômica das comunidades, reduzindo a dependência externa e fortalecendo a economia local. Dessa maneira, a iniciativa é importante não apenas para sustentabilidade econômica, mas também para a preservação da cultura material dos Anambé, que inclui o artesanato tradicional.

Consultoria do Sebrae/PA aos indígenas. Foto: Arquivo pessoal.

FAC

O trabalho com os artesãos indígenas Anambé tem como principal objetivo prepará-los para participação em grandes eventos, como a COP 30, e feiras de economia criativa, além da abertura de mercados, a exemplo da Feira de Artesanato do Círio (FAC), promovida pelo Sebrae/PA. Neste sentido, a capacitação já rendeu bons resultados, já que a etnia foi selecionada pela curadoria da FAC e três artesãos representarão os demais indígenas no evento, que será em outubro deste ano, no estacionamento do Parque Porto Futuro, em Belém.

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